Puxa vida, faz tanto tempo que eu não escrevo que me dá até um friozinho na barriga quando tento lembrar tudo o que passou nesses dias. É que não quero me esquecer de nada. Bom, eu continuei trabalhando muito e estudando. Já estou na reta final, e sinceramente não vejo a hora de terminar este ano letivo.
Outra coisa que quero registrar é a quantidade de e-mails e mensagens carinhosas que recebi de meus amigos e amigas nestes dias. Ando muito cansada, não consigo responder, mas me entendam, estou terminando um processo complicado. Reconheço que não fiz coisas bem planificadas. Uma delas foi não ter me dado conta de que eu não posso com tudo. Sou tão humana como todos os outros... e não percebi que eu não posso manter três empregos e ainda assim fazer um mestrado. Não dá. Só que percebi agora que estou super esgotada que não aguento fazer nada mais. Nem dormir direito.
Esse é o verdadeiro resumo dos meus últimos dias. Minha rotina tem sido 100% compromisso, praticamente 24 horas por dia. Por outro lado, me sinto feliz de ter realizado tantas coisas. Existe uma ponta de orgulho em mim sim. Orgulho de ser uma pessoa com determinação e ter muita garra. A gente pode estar se arrastando de cansaço, mas sempre tem um sorriso no rosto, uma palavra amiga, um ombro para dar a quem precisa. Nesse ponto, não abandonei meu lado humano. Só que eu não estou cuidando de mim como deveria. E lembra daqueles quilinhos que eu perdi no começo do blog? Então, já ganhei tudo de novo porque não voltei mais para a academia, nem segui a dieta controlada que eu fazia.
Além de tudo isso, eu quero ser uma pessoa mais responsável com o mundo também. Por isso, nesses dias estou acompanhando tudo o que acontece na Conferencia de Copenhague. É um tema sério. Acho que a atitude dos líderes mundiais é importante, mas essencial mesmo é que todos nós, meros mortais, façamos a nossa parte para contribuir para um mundo melhor. Ainda mais porque esse mundo é nosso, e vamos viver nele por muitos anos mais.
Então, algumas medidas que o Greenpeace indicou na Folha de São Paulo de hoje são realmente importantes e todos nós podemos fazer para salvar o planeta (e nossas próprias vidas):
• Economize energia. Para iluminar a casa, prefira a luz natural. Troque lâmpadas incandescentes por fluorescentes e apague as luzes quando não houver ninguém no ambiente.
• Desligue aparelhos domésticos quando não estiverem em uso e compre eletrodomésticos classificados como nível A em eficiência energética. Não deixe os eletrodomésticos no stand-by.
• Não deixe o carregador de celular na tomada enquanto não estiver carregando. Isso também gasta energia.
• Acumule várias peças de roupa para passar tudo de uma vez e, assim, economizar energia. Evite usar o ferro de passar quando muitos eletrodomésticos estiverem ligados, para evitar uma sobrecarga na rede elétrica.
• Instale a geladeira ou freezer em local ventilado e longe do fogão. Evite abrir a porta sem necessidade.
• Procure não utilizar o aparelho de ar condicionado. Se for usá-lo, evite o ligar na potência máxima e mantenha portas e janelas fechadas, para evitar desperdício de energia.
• Regule o chuveiro para a estação verão e evite tomar banhos muito longos. Procure também não tomar banho entre 18h e 22h.
• Evite o desperdício de água, recurso ameaçado com o aquecimento global. Feche sempre a torneira quando não estiver em uso, como na hora de escovar os dentes. Em áreas sujeitas a secas prolongadas, armazene água.
• Coloque uma garrafa pet na caixa de água do vaso sanitário, se ela existir na sua casa. Isso diminui a quantidade de água usada na descarga.
• Regule as torneiras da sua casa. O pinga-pinga pode significar um desperdício de 46 litros em um único dia.
• Deixe o carro na garagem e utilize o transporte coletivo e a bicicleta, quando possível. Faça revisões periódicas no seu veículo para reduzir a emissão de poluentes.
• Evite comprar veículos utilitários, especialmente para rodar na cidade com uma única pessoa a bordo. Avalie o grau de eficiência do motor e dê preferência a combustíveis como o álcool e o biodiesel.
• Procure comprar móveis com o selo FSC, que é a garantia de que a madeira usada não veio de desmatamento. Pressione a prefeitura do seu município a aderir à Rede Cidade Amiga da Amazônia.
• Ao comprar um imóvel novo, cobre da construtora o uso de padrões ambientais corretos, que aproveitam a água da chuva, usam energia do sol para iluminação e aquecimento, têm climatização natural e não usam madeira de desmatamento na construção.
• Ao comprar comida, priorize alimentos que venham de perto da sua casa e, assim, não levam a uma emissão muito alta de gases-estufa no transporte. Procure saber a origem dos alimentos e o impacto ambiental envolvido na produção --evite consumir carne vermelha que tenha vindo de áreas desmatadas na Amazônia. Prefira embalagens recicláveis.
• Ajude a recuperar o verde de sua cidade. Plante árvores no seu quintal, na sua propriedade rural e até mesmo em áreas públicas.
• Apoie e participe de ações contra a destruição de nossas florestas.
• Cuide das praias, que serão afetadas pela subida dos oceanos, e lute contra construções que estão próximas demais. Peça ao governo que crie unidades de conservação marinhas, pois o oceano ajuda a regular o clima.
• Informe-se e procure entender as causas das mudanças climáticas e suas consequências. Divulgue na sua comunidade estas informações e cobre dos governantes medidas para combater o problema e seus impactos.
• Pressione empresas e governos a substituírem as energias sujas, perigosas e ultrapassadas (combustíveis fósseis, nuclear, grandes hidrelétricas) pelas energias positivas (solar, eólica, pequenas hidrelétricas).
É isso. A gente tem que ficar de olho no que vai sair da COP 15, mas o bom mesmo é fazer alguma coisa independente do que os líderes mundiais decidam. Todos nós juntos temos mais poder de decisão do que eles sozinhos.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
domingo, 22 de novembro de 2009
Pior fim de semana
Sabe quando você tem um dia de merda? Então, esse foi meu dia. Acho que nunca desabafei minha vida pessoal num blog como eu vou fazer agora. Mas estou no maior bode. É estou podre de cansada, não tenho energia nem para tomar banho e discuti com o Bruno. Então, neste momento ele está se divertindo na sala enquanto eu desafogo minha ira e cansaço no meu blog. Cara, vou dizer pra vocês: é foda morar com o namorado, porque quando a gente briga não tem pra onde ir, e a gente fica se trombando pela casa, que não é grande.
Ok, escrevi tudo isso ontem de noite... publico no domingo, e continuo brigada. Acho que vai durar mais alguns dias. A gente não se entende as vezes. E ele já fez o favor de estragar meu fim de semana. E como não gosto de dar esse poder a ninguém, daqui a pouco vou para a feira de Mataderos com a Letícia, uma amiga brasileira que está morando em La Plata até dezembro.
Ok, escrevi tudo isso ontem de noite... publico no domingo, e continuo brigada. Acho que vai durar mais alguns dias. A gente não se entende as vezes. E ele já fez o favor de estragar meu fim de semana. E como não gosto de dar esse poder a ninguém, daqui a pouco vou para a feira de Mataderos com a Letícia, uma amiga brasileira que está morando em La Plata até dezembro.
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Balanço de 2009
Já tenho 29 anos e uma semana, ou seja, tenho 1538 semanas de vida. Mas antes de celebrar tanto tempo de vida, quero celebrar a quantidade de amigos e pessoas queridas que fui ganhando ao longo de tanto tempo. Não posso contar, porque realmente são muitos. Mas receber os parabéns pelo aniversário de várias partes do mundo é uma coisa muito emocionante. E ainda mais sabendo que foram de pessoas muito queridas. É claro que recebi e festejei meu aniversário com meus amigos aqui na Argentina. Mas recebi tantas mensagens de carinho que estou emocionada até agora! E não se preocupem em me felicitar no próprio dia do aniversário. Eu continuo recebendo parabéns e fico muito feliz de recebê-los até agora. Podem continuar me mandando e-mails e mensagens!
Outra coisa para celebrar: já consegui dobrar meu salário. Claro que com muito esforço, mas penso que no ano que vem poderei ganhar igual e me sobrará um pouco mais de tempo para poder descansar e desfrutar a vida. Estou totalmente entretida com as traduções, as aulas e acho que finalmente consegui entender como é trabalhar na Nidera. Foi complicado me adaptar no início, porque me sentia totalmente um peixe fora d´água. Mas agora me sinto esse mesmo peixe, mas contextualizado. Foi importante ter paciência para que as pessoas pudessem me entender, e eu também entender as pessoas.
E gente!!! Acreditem: faltam apenas 4 semanas para terminar meu Máster em Comunicação Empresarial!!! Isso é fantástico! Estou muito orgulhosa das conquistas deste ano. E comparto os louros com muita gente, mas em especial com o Bruno. Ele é o cara! Me cuida de uma maneira que nem eu poderia cuidar de mim mesma. E o faz com todo o amor, cuidado e carinho que qualquer pessoa gostaria de ter. E é um cuidado despretensioso. É um cuidado por amor.
É isso. Ainda falta para o fim do ano, mas já comecei a fazer meu balanço de 2009 e até agora está tudo jóia! Cheguei à conclusão de que a gente tem que desejar muitas coisas nessa vida, lutar muito por todas elas e principalmente contar com o apoio das pessoas que amamos. É a melhor maneira de potencializar a existência e os resultados.
Outra coisa para celebrar: já consegui dobrar meu salário. Claro que com muito esforço, mas penso que no ano que vem poderei ganhar igual e me sobrará um pouco mais de tempo para poder descansar e desfrutar a vida. Estou totalmente entretida com as traduções, as aulas e acho que finalmente consegui entender como é trabalhar na Nidera. Foi complicado me adaptar no início, porque me sentia totalmente um peixe fora d´água. Mas agora me sinto esse mesmo peixe, mas contextualizado. Foi importante ter paciência para que as pessoas pudessem me entender, e eu também entender as pessoas.
E gente!!! Acreditem: faltam apenas 4 semanas para terminar meu Máster em Comunicação Empresarial!!! Isso é fantástico! Estou muito orgulhosa das conquistas deste ano. E comparto os louros com muita gente, mas em especial com o Bruno. Ele é o cara! Me cuida de uma maneira que nem eu poderia cuidar de mim mesma. E o faz com todo o amor, cuidado e carinho que qualquer pessoa gostaria de ter. E é um cuidado despretensioso. É um cuidado por amor.
É isso. Ainda falta para o fim do ano, mas já comecei a fazer meu balanço de 2009 e até agora está tudo jóia! Cheguei à conclusão de que a gente tem que desejar muitas coisas nessa vida, lutar muito por todas elas e principalmente contar com o apoio das pessoas que amamos. É a melhor maneira de potencializar a existência e os resultados.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Aniversário
Queridos amigos, meu aniversário está chegando. E, é claro, eu sempre aviso com um pouco de antecedência, para que todos possam me dar os parabéns por mais um ano de vida completo. Ou melhor, por mais um ano de completa vida. Fazendo o balanço de tudo o que me passou nos últimos tempos, finalmente me sinto uma pessoa adulta. E estou gostando muito disso. É uma sensação divina e confortável.
Poderia fazer uma grande lista de coisas que eu sinto e penso, vou tentar faze-la, de forma aleatória, conforme vou me lembrando.
A primeira delas é a entrega ao amor. Sim, vivo plenamente um amor que aconteceu da maneira mais inesperada possível. Felicidade não pode ser só ter um grande amor, mas eu aprendi a mergulhar de cabeça nesse universo cor de rosa que pertence aos apaixonados.
Também aprendi a ser uma pessoa mais tranquila. Entendi que o que é meu vem na minha mão, mais cedo ou mais tarde, é só continuar lutando pelo que eu quero. Não é que vem de mão beijada, mas também não quer dizer que só por não ter dado certo na primeira vez, eu tenho que desistir. Existe essa coisa de sexto sentido que também ajuda a orientar um pouco se o que eu quero um dia será meu.
Ah! E finalmente aprendi a lidar com o fato de estar sozinha. Entendam, não é sozinha na vida, é sozinha em momentos da vida que não dá para ter ninguém do lado. Como por exemplo no trabalho, aprendi a lidar com a ausência de pessoas queridas durante o dia, de não ter tantos amigos como eu tinha, aprendi que isso me deixa mais forte também. Claro, para aprender isso tive que ralar um pouco, mas já não me incomodo mais se almoço sozinha, ou se passo o dia sem falar nada interessante com ninguém. Isso não quer dizer que eu não tenho amigos. Ao contrário! Isso quer dizer que eu não dependo deles (e delas) o tempo todo.
Meu trabalho também vai bem. Só para começo de conversa, eu tenho três empregos. Sou secretária executiva (embora quem me vê não diria nunca que eu tenho perfil para isso, porque continuo com o cabelo despenteado e usando tênis para trabalhar) de uma empresa importante, dou aula de português na Universidade de Buenos Aires e ainda por cima sou tradutora da Cruz Vermelha. Quer mais? Ainda tenho tempo para terminar meu mestrado de Comunicação Empresarial, que se Deus quiser, terei somente mais seis semanas e estarei livre!!!
E nesse turbilhão de coisas que eu faço, ainda tenho tempo para fazer novos amigos. Amigos de todos lados porque eu também sou uma pessoa sem limites. Parou do meu lado e com vontade de conversar? Ah! Era a desculpa que eu queria para começar o diálogo. Foi o que a Jazmín, uma garotinha de três anos, fez no sábado passado quando eu voltava da UBA. Ela começou perguntando meu nome e terminamos brincando de “lá em cima do piano tem um copo de veneno quem bebeu morreu o azar foi seu”. E ela ganhou, claro, porque eu delicadamente contava mal para ajuda-la. A mãe dela me adorou, mas eu adorei mesmo foi conhecê-la. É difícil entender criança falando em espanhol, mas sinceramente não precisa entender, é só ir falando que no fundo a gente se entende.
Ah! E já ganhei vários presentinhos: filmes da mamãe, uma Levi´s do Brunão, meus próprios presentes e já lembrei todo mundo que no dia 12 de novembro será uma data muito importante. É a comemoração dos 29 anos da alegria que eu trouxe ao mundo ao nascer.
Poderia fazer uma grande lista de coisas que eu sinto e penso, vou tentar faze-la, de forma aleatória, conforme vou me lembrando.
A primeira delas é a entrega ao amor. Sim, vivo plenamente um amor que aconteceu da maneira mais inesperada possível. Felicidade não pode ser só ter um grande amor, mas eu aprendi a mergulhar de cabeça nesse universo cor de rosa que pertence aos apaixonados.
Também aprendi a ser uma pessoa mais tranquila. Entendi que o que é meu vem na minha mão, mais cedo ou mais tarde, é só continuar lutando pelo que eu quero. Não é que vem de mão beijada, mas também não quer dizer que só por não ter dado certo na primeira vez, eu tenho que desistir. Existe essa coisa de sexto sentido que também ajuda a orientar um pouco se o que eu quero um dia será meu.
Ah! E finalmente aprendi a lidar com o fato de estar sozinha. Entendam, não é sozinha na vida, é sozinha em momentos da vida que não dá para ter ninguém do lado. Como por exemplo no trabalho, aprendi a lidar com a ausência de pessoas queridas durante o dia, de não ter tantos amigos como eu tinha, aprendi que isso me deixa mais forte também. Claro, para aprender isso tive que ralar um pouco, mas já não me incomodo mais se almoço sozinha, ou se passo o dia sem falar nada interessante com ninguém. Isso não quer dizer que eu não tenho amigos. Ao contrário! Isso quer dizer que eu não dependo deles (e delas) o tempo todo.
Meu trabalho também vai bem. Só para começo de conversa, eu tenho três empregos. Sou secretária executiva (embora quem me vê não diria nunca que eu tenho perfil para isso, porque continuo com o cabelo despenteado e usando tênis para trabalhar) de uma empresa importante, dou aula de português na Universidade de Buenos Aires e ainda por cima sou tradutora da Cruz Vermelha. Quer mais? Ainda tenho tempo para terminar meu mestrado de Comunicação Empresarial, que se Deus quiser, terei somente mais seis semanas e estarei livre!!!
E nesse turbilhão de coisas que eu faço, ainda tenho tempo para fazer novos amigos. Amigos de todos lados porque eu também sou uma pessoa sem limites. Parou do meu lado e com vontade de conversar? Ah! Era a desculpa que eu queria para começar o diálogo. Foi o que a Jazmín, uma garotinha de três anos, fez no sábado passado quando eu voltava da UBA. Ela começou perguntando meu nome e terminamos brincando de “lá em cima do piano tem um copo de veneno quem bebeu morreu o azar foi seu”. E ela ganhou, claro, porque eu delicadamente contava mal para ajuda-la. A mãe dela me adorou, mas eu adorei mesmo foi conhecê-la. É difícil entender criança falando em espanhol, mas sinceramente não precisa entender, é só ir falando que no fundo a gente se entende.
Ah! E já ganhei vários presentinhos: filmes da mamãe, uma Levi´s do Brunão, meus próprios presentes e já lembrei todo mundo que no dia 12 de novembro será uma data muito importante. É a comemoração dos 29 anos da alegria que eu trouxe ao mundo ao nascer.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
alegria, alegria
Olá pessoal!
Voltei a publicar. Sim, estive ausente e foi por motivo justo: tenho mais um emprego. Agora, além de secretária executiva e professora universitária eu também sou tradutora. E o mais gostoso é que faço tanto traduções financeiras para a empresa onde trabalho, como também para a Cruz Vermelha sobre temas humanitários. Estou muito feliz com todo esse movimento e volume exorbitante de coisas para fazer. Tudo isso me dá um forte sentido de existência.
Fora isso, continuo amando. Sim minha gente, amar é uma coisa muito boa. E sou correspondida também. Ontem o Bruno fez uma delicada surpresa para mim: ele cozinhou feijão preto. Não preciso dizer que ficou uma DE-LI-CIA!!! Ele fez com todo o carinho do mundo um arroz com feijão carioca que ficou melhor que o do restaurante que eu comia quando queria matar a saudade do Brasil. Não é um fofo?
Além disso, estou terminando meu mestrado. Graças a Deus! Faltam 4 matérias e serei a pessoa mais feliz do mundo quando tirar esse peso das minhas costas. É a primeira vez na minha vida que eu começo e termino um estudo num mesmo lugar. E olha que tive todo tipo de situação adversa, mas incrivelmente vou terminar o curso que comecei.
E no lado pessoal, estou começando a fazer novos amigos. Tenho alunos super bacanas e no meu trabalho, onde passo o dia inteiro, estou começando a me relacionar com algumas potenciais amizades. Tomara. Continuo achando duro isso de não ter amigos no trabalho como eu tinha antes no Santander, mas pouco a pouco vou me acostumbrando e de uma maneira bem sutil vou fazendo elos com pessoas que não são da minha área nem do meu convívio (claro, senão seriam os diretores e pega mal ser amiga de diretores e presidente da empresa onde se trabalha). Vamos ver... estou com o coração aberto para novas possibilidades. E minhas queridas amigas continuam sendo minhas amigas.
Ontem também foi dia das mães aqui em Buenos Aires e dei uma ligadinha para a minha mãe para desejar feliz dia e disse: se quiser ganhar o presentinho precisa vir aqui no dia 12 de novembro que eu entrego pessoalmente! Hahaha só porque é meu aniversário!
Voltei a publicar. Sim, estive ausente e foi por motivo justo: tenho mais um emprego. Agora, além de secretária executiva e professora universitária eu também sou tradutora. E o mais gostoso é que faço tanto traduções financeiras para a empresa onde trabalho, como também para a Cruz Vermelha sobre temas humanitários. Estou muito feliz com todo esse movimento e volume exorbitante de coisas para fazer. Tudo isso me dá um forte sentido de existência.
Fora isso, continuo amando. Sim minha gente, amar é uma coisa muito boa. E sou correspondida também. Ontem o Bruno fez uma delicada surpresa para mim: ele cozinhou feijão preto. Não preciso dizer que ficou uma DE-LI-CIA!!! Ele fez com todo o carinho do mundo um arroz com feijão carioca que ficou melhor que o do restaurante que eu comia quando queria matar a saudade do Brasil. Não é um fofo?
Além disso, estou terminando meu mestrado. Graças a Deus! Faltam 4 matérias e serei a pessoa mais feliz do mundo quando tirar esse peso das minhas costas. É a primeira vez na minha vida que eu começo e termino um estudo num mesmo lugar. E olha que tive todo tipo de situação adversa, mas incrivelmente vou terminar o curso que comecei.
E no lado pessoal, estou começando a fazer novos amigos. Tenho alunos super bacanas e no meu trabalho, onde passo o dia inteiro, estou começando a me relacionar com algumas potenciais amizades. Tomara. Continuo achando duro isso de não ter amigos no trabalho como eu tinha antes no Santander, mas pouco a pouco vou me acostumbrando e de uma maneira bem sutil vou fazendo elos com pessoas que não são da minha área nem do meu convívio (claro, senão seriam os diretores e pega mal ser amiga de diretores e presidente da empresa onde se trabalha). Vamos ver... estou com o coração aberto para novas possibilidades. E minhas queridas amigas continuam sendo minhas amigas.
Ontem também foi dia das mães aqui em Buenos Aires e dei uma ligadinha para a minha mãe para desejar feliz dia e disse: se quiser ganhar o presentinho precisa vir aqui no dia 12 de novembro que eu entrego pessoalmente! Hahaha só porque é meu aniversário!
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
En castellano, el idioma del corazón
Yo siempre me consideré argentina, o al menos parte de Argentina. Soy un tipo de argentina distinta, con una tonada diferente, con una apariencia diferente, pero con alma quizás más albiceleste que muchos nacidos en esas tierras australes. Bueno, el tema es que me falta poco tiempo para tener mi documento, aunque de extranjero, pero un documento argentino.
Quizás las personas no reconozcan mi lado argentino porque no tengo la suntuosidad de las vedetes que circulan por las venas argentinas (más específicamente de los argentinos), o porque no tengo la sabiduría poética de los grandes escritores que crearon y recrearon esa patria tan particular. Pero el tema es que aún así yo me siento argentina. Siento que ha nacido en mí una alma argentina y que puede ser que han muerto todas las almas argentinas que habitan esa tierra tan hermosa.
Quizás las personas no reconozcan mi lado argentino porque no tengo la suntuosidad de las vedetes que circulan por las venas argentinas (más específicamente de los argentinos), o porque no tengo la sabiduría poética de los grandes escritores que crearon y recrearon esa patria tan particular. Pero el tema es que aún así yo me siento argentina. Siento que ha nacido en mí una alma argentina y que puede ser que han muerto todas las almas argentinas que habitan esa tierra tan hermosa.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Feliz Primavera
Aqui em Buenos Aires sempre acontecem coisas interessantes e curiosas. Uma delas é celebrar o dia de hoje. As pessoas dizem umas às outras “Feliz Primavera!” com aquele tom todo animado, até parece aniversário. Dia semelhante foi o dia da secretaria que eu ganhei vários presentinhos. Hoje não ganhei nada, mas recebi muitos desejos felizes.
Agora, falando da parte pessoal, estou numa fase muito boa da minha vida. Finalmente estou terminando de pagar minhas contas geradas pela compra dos móveis e poderei respirar mais aliviada no fim deste mês quando receber meu salário. Sem contar que eu e o Bruno estamos nos dando muito bem. Parece que nos entendemos melhor... talvez seja o tempo mesmo que nos permitiu isso, mas com a vida corrida que nós dois temos, até que fazemos uma dupla dinâmica. Sem contar que eu o amo muito... e eu sei que ele me ama também, porque me aguenta, e cai entre nós, não é tarefa tão fácil assim.
Outra coisa legal é que iremos viajar a Tucumán no natal. Estou super ansiosa! Sim, imaginem, vou conhecer um lugar novo e de passo a toda a família do Bruno! Eu fico meio preocupada (para não dizer preocupada e meia) porque não é fácil ser tão sociável com a família do namorado... ainda com o contexto que vivemos juntos. Mas vamos lá! Isso faz parte da reconstrução da minha vida. E agora, minha vida argentina.
Não contei do tempo! Hoje o dia está maravilhosamente lindo. Espetacular. O sol brilha nesse céuzinho azul limpinho! É até difícil de acreditar que está previsto chuva para amanhã!
E hoje a minha amiga Mariana me disse que virá me visitar na semana do dia 12 de outubro. Tomara que venha mesmo!!! Eu sei que é difícil eu participar de todos os eventos interessantes que acontecerão na cidade no período em que ela estiver aqui, mas pelo menos vou ver rostinho conhecido e isso é muito legal!!! É bom para matar a saudade da minha terra querida.
Falando em saudade da terra querida, no dia 04 de outubro será celebrado o Brazilian Day em Buenos Aires. Claro que eu quero ir! Primeiro porque vou poder comer várias comidinhas deliciosas da minha terrinha, segundo que vou encontrar vários patrícios e terceiro que poderei levar o gordinho do Bruno para se tornar um pouquinho mais brasileiro também. É isso. As novidades estão cheias de flores. A primavera promete!
Agora, falando da parte pessoal, estou numa fase muito boa da minha vida. Finalmente estou terminando de pagar minhas contas geradas pela compra dos móveis e poderei respirar mais aliviada no fim deste mês quando receber meu salário. Sem contar que eu e o Bruno estamos nos dando muito bem. Parece que nos entendemos melhor... talvez seja o tempo mesmo que nos permitiu isso, mas com a vida corrida que nós dois temos, até que fazemos uma dupla dinâmica. Sem contar que eu o amo muito... e eu sei que ele me ama também, porque me aguenta, e cai entre nós, não é tarefa tão fácil assim.
Outra coisa legal é que iremos viajar a Tucumán no natal. Estou super ansiosa! Sim, imaginem, vou conhecer um lugar novo e de passo a toda a família do Bruno! Eu fico meio preocupada (para não dizer preocupada e meia) porque não é fácil ser tão sociável com a família do namorado... ainda com o contexto que vivemos juntos. Mas vamos lá! Isso faz parte da reconstrução da minha vida. E agora, minha vida argentina.
Não contei do tempo! Hoje o dia está maravilhosamente lindo. Espetacular. O sol brilha nesse céuzinho azul limpinho! É até difícil de acreditar que está previsto chuva para amanhã!
E hoje a minha amiga Mariana me disse que virá me visitar na semana do dia 12 de outubro. Tomara que venha mesmo!!! Eu sei que é difícil eu participar de todos os eventos interessantes que acontecerão na cidade no período em que ela estiver aqui, mas pelo menos vou ver rostinho conhecido e isso é muito legal!!! É bom para matar a saudade da minha terra querida.
Falando em saudade da terra querida, no dia 04 de outubro será celebrado o Brazilian Day em Buenos Aires. Claro que eu quero ir! Primeiro porque vou poder comer várias comidinhas deliciosas da minha terrinha, segundo que vou encontrar vários patrícios e terceiro que poderei levar o gordinho do Bruno para se tornar um pouquinho mais brasileiro também. É isso. As novidades estão cheias de flores. A primavera promete!
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Falta pouco!
Gente! Entreguei todos os trabalhos que eu tinha que fazer. Agora estou parcialmente tranqüila. Sim, porque já tenho outros trabalhos da faculdade e ainda por cima comecei a fazer as aulas de literatura e cidade às quartas-feiras. Esse curso é uma espécie de leitura de Buenos Aires através de textos literários.
Eu resolvi fazer esse curso mesmo com toda a loucura de fim de mestrado, trabalho em tempo integral, academia diária e as aulas que dou de português porque acho que é o tipo de curso que distrai a mente e ajuda a entender porquê Buenos Aires é o que é, além de fomentar minha imagem utópica da cidade.
Bom, no sábado dei mais um dia inteiro de aula. Isso é realmente muito gratificante. É cansativo, porque eu acabo trabalhando 6 dias da semana, mas é muito gostoso dar aula. É uma maneira de massagear minha mente e me sentir realizada. Qualquer dia desses eu tiro uma foto com meus alunos para que vocês os conheçam também.
Ah! Eu cortei ainda mais o meu cabelo. Agora tenho franja e me sinto tão diferente que não consegui me acostumar ainda. O Bruno disse que não pareço tão diferente assim, mas é que está bem mais curto do que eu estou acostumada.
Sabe, é muito difícil ficar bonita. Esse negócio de academia todos os dias, comer comida saudável, não poder comer docinhos... meu, é uma coisa muito complicada! Eu admiro muito essas mulheres que aparecem com o corpo sarado, porque isso exige horas e horas de atividade física, sem contar uma alimentação ultra saudável! Sem contar que estou me sentindo meio obcecada por parecer mais jovem. Estou com todos os cremes no rosto, para ver se perco um pouco das marcas de expressão que já tenho!!! Meu Deus! Eu tenho 28 anos e deveria parecer 28 anos!!!
O duro disso tudo é que a barriguinha continua ainda. Nós a chamamos da famosa pochete, e aqui em Buenos Aires, para dizer dessa maneira carinhosa, se diz flota-flota. É isso. Continuo prometendo fotos, mas termino não publicando... por enquanto vocês podem ver no facebook e no orkut.
Eu resolvi fazer esse curso mesmo com toda a loucura de fim de mestrado, trabalho em tempo integral, academia diária e as aulas que dou de português porque acho que é o tipo de curso que distrai a mente e ajuda a entender porquê Buenos Aires é o que é, além de fomentar minha imagem utópica da cidade.
Bom, no sábado dei mais um dia inteiro de aula. Isso é realmente muito gratificante. É cansativo, porque eu acabo trabalhando 6 dias da semana, mas é muito gostoso dar aula. É uma maneira de massagear minha mente e me sentir realizada. Qualquer dia desses eu tiro uma foto com meus alunos para que vocês os conheçam também.
Ah! Eu cortei ainda mais o meu cabelo. Agora tenho franja e me sinto tão diferente que não consegui me acostumar ainda. O Bruno disse que não pareço tão diferente assim, mas é que está bem mais curto do que eu estou acostumada.
Sabe, é muito difícil ficar bonita. Esse negócio de academia todos os dias, comer comida saudável, não poder comer docinhos... meu, é uma coisa muito complicada! Eu admiro muito essas mulheres que aparecem com o corpo sarado, porque isso exige horas e horas de atividade física, sem contar uma alimentação ultra saudável! Sem contar que estou me sentindo meio obcecada por parecer mais jovem. Estou com todos os cremes no rosto, para ver se perco um pouco das marcas de expressão que já tenho!!! Meu Deus! Eu tenho 28 anos e deveria parecer 28 anos!!!
O duro disso tudo é que a barriguinha continua ainda. Nós a chamamos da famosa pochete, e aqui em Buenos Aires, para dizer dessa maneira carinhosa, se diz flota-flota. É isso. Continuo prometendo fotos, mas termino não publicando... por enquanto vocês podem ver no facebook e no orkut.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Chuva de segunda
Cara, a semana passada foi intensa e parece que essa semana também vai dar pano pra manga. Digo isso porque no sábado passado comecei a dar aula o sábado inteiro e agora só tenho domingo para descansar. Mesmo assim gosto dessa loucura toda. No sábado vieram jantar em casa minhas amigas Vicky, Lorena, Sebastián e uma amiga do Bruno, a Lisa, que é uma francesa que morou muitos anos na Colômbia. Nos divertimos muito. É bom estar com gente engraçada e que sabe se divertir. O Bruno fez um macarrão com tomates secos que estava delicioso e depois tomamos vinho e ficamos tagarelando até as 4 da manhã. Acho que os vizinhos me odeiam! Hahahaha
Só que hoje voltou a chover, e o mal humor portenho também. Digo isso porque um dos diretores hoje reclamou comigo que eu não tinha pedido autorização para fazer academia na minha hora de almoço! Eu não acreditei nisso. Um diretor de finanças, que supostamente deveria estar olhando os números do balanço, me chamou na sala dele e reclamou comigo que eu saí para fazer academia às 11h da manhã!!! Se ele tivesse dito “olha, será que você não poderia fazer ginásio mais tarde” eu até entenderia. Só que o problema é que a outra secretária que trabalha do meu lado também tem que almoçar, então eu sempre saí cedo porque era para dar o espaço para ela almoçar também.
Bom, pelo visto ele está com ódio dos brasileiros por ter perdido o jogo de futebol no sábado em Rosário. Acho que nada mais delicioso que ganhar dos argentinos na casa deles. Sabe, eu adoro o país, tenho amigos muito queridos, só que tem gente que me faz eu ter um orgulho exacerbado de ser brasileira. Sim, porque às vezes eu sinceramente penso que os brasileiros são mais práticos e mais resolvidos que os argentinos.
Por falar em jogo, foi muito engraçado, porque no sábado nós nos inteirávamos dos gols quando o povo gritava “noooooooooooo” bem gutural, saído da alma. É, foram 3 “noooooooooooooooooo”s e acho que ninguém comemorou o único gol da Argentina, porque não ouvi grito nenhum.
Só que hoje voltou a chover, e o mal humor portenho também. Digo isso porque um dos diretores hoje reclamou comigo que eu não tinha pedido autorização para fazer academia na minha hora de almoço! Eu não acreditei nisso. Um diretor de finanças, que supostamente deveria estar olhando os números do balanço, me chamou na sala dele e reclamou comigo que eu saí para fazer academia às 11h da manhã!!! Se ele tivesse dito “olha, será que você não poderia fazer ginásio mais tarde” eu até entenderia. Só que o problema é que a outra secretária que trabalha do meu lado também tem que almoçar, então eu sempre saí cedo porque era para dar o espaço para ela almoçar também.
Bom, pelo visto ele está com ódio dos brasileiros por ter perdido o jogo de futebol no sábado em Rosário. Acho que nada mais delicioso que ganhar dos argentinos na casa deles. Sabe, eu adoro o país, tenho amigos muito queridos, só que tem gente que me faz eu ter um orgulho exacerbado de ser brasileira. Sim, porque às vezes eu sinceramente penso que os brasileiros são mais práticos e mais resolvidos que os argentinos.
Por falar em jogo, foi muito engraçado, porque no sábado nós nos inteirávamos dos gols quando o povo gritava “noooooooooooo” bem gutural, saído da alma. É, foram 3 “noooooooooooooooooo”s e acho que ninguém comemorou o único gol da Argentina, porque não ouvi grito nenhum.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Eita chuva!
Puxa! Os dias estão bem corridinhos! Esse negócio de acordar cedinho todos os dias, trabalhar, fazer academia na hora do almoço, estudar um mestrado (que graças a Deus termina em 15 semanas!) e ainda por cima fazer aulas de literatura (uff!) não é para qualquer um. Ah, esqueci de anotar que sou eu quem limpo e lavo minha casa e ainda encontro um tempinho para namorar. Mas, a minha barriga continua no mesmo lugar. Sabe, eu achava que depois de 1 mês eu poderia ver algum resultado, mas nada visual ainda. Será que eu estava tão gorda assim? Bom... saberei com o tempo. De qualquer maneira não vou desistir dessa vida saudável que eu adotei.
Por falar em curso de literatura, na próxima aula vamos ler textos de Walter Benjamin, George Perec, Jorge Luis Borges, Carlos Gamerro e Beatriz Sarlo. Acho que vai ser super legal, porque é focado em diversas maneiras de olhar a cidade e como compreendê-la. Tenho muitas expectativas, primeiro porque adoro o tema, segundo porque eu sou estrangeira e tenho um olhar diferente do que é uma cidade e o que representa. Pelo menos eu vejo Buenos Aires e São Paulo de uma maneira diferente. E o terceiro motivo é que a literatura é uma ótima maneira de me fazer despegar do chão, da cidade, de tudo. E também estou aprendendo um pouco mais da Nouvelle Vague, ok, é sobre cinema, mas eu fiz o link pela temática. Gosto do frescor da idéia.
E por último. Li esse texto que gostei muito.
Deusas do cotidiano de Sérgio Vaz publicado no dia 10/03/2009 na página http://diplo.uol.com.br/2009-03,a2805 .
“De todos os hinos entoados em louvor às revoluções nos campos de batalhas, nenhum, por mais belo que seja, tem a força das canções de ninar cantada no colo das mães”
O nome dessas mulheres eu não sei, não lembro e nem preciso saber. São nomes comuns, em meio a tantos outros espalhados por esse chão duro chamado Brasil.
Mas a maioria delas eu conheço bem, são donas de um mesmo destino: as miseráveis que roubam remédios para aliviar as angústias dos filhos. É quando a pobreza não é dor, é angústia também. São as ladras de Victor Hugo.
Donas da insustentável leveza do ser, as infantes guerreiras enfrentam a lei da gravidade. Permanecem de pé ante aos dragões comedores de sonhos que escondem na gravidade da lei. Das trincheiras do ninho enfrentam moinhos de mós afiadas para protegerem a pança dos pequeninos. São as Quixotes de Miguel de Cervantes.
Místicas, não raro, estão sempre nuas em sentimentos. Quando precisam, cruas, esmolam com o corpo, e se postam à espera do punhal do prazer que cravam no seu ventre.
É quando o prazer humilha. São as habitantes do inferno de Dante. Rainhas de castelos de madeiras, sustentam os filhos como príncipes, e os protegem da fome, do frio, e da vida dura e cruel que insiste em bater na porta das mulheres de panela vazia.Quanto aos reis, também são os mesmos: os covardes dos vinhos da ira.
Mágicas, esses anjos se transformam em rochas, quando a vida pede grão de areia.
Em flores quando rastejam e espinhos quando protegem.
Essas mulheres são aquelas que limpam tapetes, mas não admitem serem pisadas.
São domésticas, mas não admitem serem domesticadas.
Sim, são as deusas do dia a dia.
Por falar em curso de literatura, na próxima aula vamos ler textos de Walter Benjamin, George Perec, Jorge Luis Borges, Carlos Gamerro e Beatriz Sarlo. Acho que vai ser super legal, porque é focado em diversas maneiras de olhar a cidade e como compreendê-la. Tenho muitas expectativas, primeiro porque adoro o tema, segundo porque eu sou estrangeira e tenho um olhar diferente do que é uma cidade e o que representa. Pelo menos eu vejo Buenos Aires e São Paulo de uma maneira diferente. E o terceiro motivo é que a literatura é uma ótima maneira de me fazer despegar do chão, da cidade, de tudo. E também estou aprendendo um pouco mais da Nouvelle Vague, ok, é sobre cinema, mas eu fiz o link pela temática. Gosto do frescor da idéia.
E por último. Li esse texto que gostei muito.
Deusas do cotidiano de Sérgio Vaz publicado no dia 10/03/2009 na página http://diplo.uol.com.br/2009-03,a2805 .
“De todos os hinos entoados em louvor às revoluções nos campos de batalhas, nenhum, por mais belo que seja, tem a força das canções de ninar cantada no colo das mães”
O nome dessas mulheres eu não sei, não lembro e nem preciso saber. São nomes comuns, em meio a tantos outros espalhados por esse chão duro chamado Brasil.
Mas a maioria delas eu conheço bem, são donas de um mesmo destino: as miseráveis que roubam remédios para aliviar as angústias dos filhos. É quando a pobreza não é dor, é angústia também. São as ladras de Victor Hugo.
Donas da insustentável leveza do ser, as infantes guerreiras enfrentam a lei da gravidade. Permanecem de pé ante aos dragões comedores de sonhos que escondem na gravidade da lei. Das trincheiras do ninho enfrentam moinhos de mós afiadas para protegerem a pança dos pequeninos. São as Quixotes de Miguel de Cervantes.
Místicas, não raro, estão sempre nuas em sentimentos. Quando precisam, cruas, esmolam com o corpo, e se postam à espera do punhal do prazer que cravam no seu ventre.
É quando o prazer humilha. São as habitantes do inferno de Dante. Rainhas de castelos de madeiras, sustentam os filhos como príncipes, e os protegem da fome, do frio, e da vida dura e cruel que insiste em bater na porta das mulheres de panela vazia.Quanto aos reis, também são os mesmos: os covardes dos vinhos da ira.
Mágicas, esses anjos se transformam em rochas, quando a vida pede grão de areia.
Em flores quando rastejam e espinhos quando protegem.
Essas mulheres são aquelas que limpam tapetes, mas não admitem serem pisadas.
São domésticas, mas não admitem serem domesticadas.
Sim, são as deusas do dia a dia.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
dias de chuva
A semana aqui começou com chuva. Nada mal para um fim de semana de “veranito” com direito a sorvete no parque e alguns filmes. Vi La dolce vita de Felini e adorei! Realmente está uma doçura, ainda mais para quem assistiu Elsa y Fred. Outra coisa é que nessa semana tenho que pegar mais forte com a academia para perder uns kilinhos insistentes da minha barriga. E para completar essa semana tão multi-facética que me representa, na quarta-feira eu começo a fazer aula de literatura argentina. Eu sei que não tem nada a ver com meu mestrado de comunicação empresarial, mas como eu sempre gostei de literatura, essa será uma boa oportunidade para eu aprender mais e mais sobre a cultura argentina, além de melhorar meu espanhol.
Ah! Vejam como eu continuo a mesma: hoje tenho que entregar um trabalho de Responsabilidade Social Empresaria e adivinhem quando eu comecei? Hoje, claro! Eu sempre deixo e acho que sempre continuarei deixando as coisas que não gosto muito para a última hora. É assim a vida de uma brasileira numa segundona de chuva em Buenos Aires. Ah! E detalhe: consegui correr na esteira hoje! Isso é novidade!
Ah! Vejam como eu continuo a mesma: hoje tenho que entregar um trabalho de Responsabilidade Social Empresaria e adivinhem quando eu comecei? Hoje, claro! Eu sempre deixo e acho que sempre continuarei deixando as coisas que não gosto muito para a última hora. É assim a vida de uma brasileira numa segundona de chuva em Buenos Aires. Ah! E detalhe: consegui correr na esteira hoje! Isso é novidade!
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Voltando à rotina
Dentro de todos os posts alegrinhos que eu já escrevi, esse, definitivamente não será um. Tudo porque tive uma noite de cachorro. Dormi super pouco porque vários ruídos me despertaram à noite... e depois não consegui agarrar mais no sono. Cara, nada pior que perder o sono. Juro, nada mesmo, porque estou o dia inteiro com a sensação de cansaço e sonolência. Mas hoje teve uma coisa boa: voltei a fazer academia. Meldeus! Como diria minha irmã. Mas enfim, voltei a fazer, depois de uma semana e meia de loucura. Não por causa dos meus pais, mas pelo trabalho e pelos estudos. Fiz várias provas nesses dias, e ainda por cima na semana passada fiquei sozinha aqui na área, então foi a maior correria.
E como tudo passa, espero que esse meu cansaço também passe. Ah! Lembra daqueles trabalhos que eu tinha para entregar? Agora só me faltam dois e um deles está quase pronto. Eu me amo, porque consigo realizar muitas coisa, só que eu acho que ninguém no meu trabalho percebeu isso ainda, porque voltou a outra secretária e as pessoas continuaram me ignorando. É, ignorando seria a melhor palavra. E eu só suporto isso, porque me pagam o salário suficiente e me permitem estudar no trabalho. Senão seria um adeus bem grande.
Mas não estou reclamando, é que as pessoas aqui se acham o máximo e rotulam a todos pela aparência. E eu não vivo de aparências.
É isso. Acho que preciso dormir, porque senão vou morder o cotovelo.
E como tudo passa, espero que esse meu cansaço também passe. Ah! Lembra daqueles trabalhos que eu tinha para entregar? Agora só me faltam dois e um deles está quase pronto. Eu me amo, porque consigo realizar muitas coisa, só que eu acho que ninguém no meu trabalho percebeu isso ainda, porque voltou a outra secretária e as pessoas continuaram me ignorando. É, ignorando seria a melhor palavra. E eu só suporto isso, porque me pagam o salário suficiente e me permitem estudar no trabalho. Senão seria um adeus bem grande.
Mas não estou reclamando, é que as pessoas aqui se acham o máximo e rotulam a todos pela aparência. E eu não vivo de aparências.
É isso. Acho que preciso dormir, porque senão vou morder o cotovelo.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Dias de sol
É uma beleza ter família! E mais beleza ainda é passar lindos momentos juntos. Ontem fizemos um passeio super agradável. Fomos à feira de Matadeiros aqui em Buenos Aires. Fomos eu, Bruno, minha mãe, meu pai e a Vicky minha irmã argentina. Foi muuuuuito gostoso mesmo. Comemos de tudo, empanada tucumana, locro, panqueca de doce de leite, chocolate, vinho, etc, etc. O dia estava espetacular, fazia um solzinho gostoso e eu até dancei chacarera! Não só eu, o Bruno também! Hahaha depois eu vou postar o vídeo da nossa dança! Claro que dançamos com pares diferentes, porque nem eu nem ele sabia (deveria dizer sabe) dançar chacarera. Mas foi muito divertido assim mesmo. Nessa feira tem de tudo, artesanato, comida, dança, folclore e o melhor é que é bem mais interessante que a feira da Recoleta e muito mais barata! Sério. Sem contar que lá tem uma variedade de coisas muito maior.
Depois fomos pra casa para continuar comendo, mas confortavelmente em casa. Eu coloquei as fotos no meu facebook e logo logo vou colocar no orkut também. Eu me diverti muito nesses dias. As minhas energias foram renovadas e até tenho um fôlego para continuar na faculdade. Que aliás, não tenho tanta vontade assim... sabe quando você não vê muito sentido numa coisa? Eu estou assim... mas vou terminar porque falta pouco. Acho que isso acontece porque eu estou há tanto tempo lá e não fiz nenhum amigo. Então, é sempre mais difícil entender as pessoas, o raciocínio etc. Sem contar que não me relaciono com ninguém, então até para fazer trabalhos é difícil, porque os grupos de amigos estão formados... e eu acabo ficando com as pessoas que ninguém quer fazer trabalho (que são as famosas pessoas que nunca fazem nada e você tem que sair correndo para pesquisar, preparar o material e apresentar o trabalho). Ok que elas até fazem alguma coisa, mas não me aportam nada... e no fim eu sempre fico sem entender... e cada vez menos coloco empenho no que estou fazendo.
Mas hoje tenho que me reunir com o meu grupo para fazer a análise de uma empresa de saúde argentina, estou absolutamente sem vontade nenhuma. Mas vou, porque o dever me chama!
Ah! Sábado é dia de prova na UBA. Termino mais uma turminha de alunos e se Deus quiser continuarei no próximo quadrimestre. Digo se Deus quiser, porque gosto muito das aulas e tomara que tenha alunos no horário que eu posso dar aula.
É isso. Parece que estou me queixando da vida, mas na verdade não. Eu gosto muito da minha vida, eu só quero me livrar do que não gosto muito e ficar com a parte agradável! Hahaha quem não quer isso?!
Por falar em ficar com a parte agradável... cara, nunca viaje com Buquebus. É o pior atendimento telefônico que você vai ter na vida!!! Porque simplesmente ninguém atende o telefone! Cara, hoje meu pai não estava se sentindo bem de manhã e eu tentei ligar para trocar o dia da passagem (que diz que você tem direito a isso, já que é uma emergência) e simplesmente ninguém atende o maldito telefone. Conclusão, não comprem passagem pela Buquebus porque você pode ficar no caminho. Eles não têm nenhum telefone de emergência, não explicam nada e te ignoram constantemente.
Será que estou muito ácida hoje? Pode ser, mas é que eu gosto de coisas bem feitas. E odeio as pessoas que pensam que sabem tudo, que se acham o máximo. Sou reiterativa com isso, mas é que é verdade. E o buquebus é mais uma prova de empresa que pensa que é o máximo em atendimento, quando não provê o mínimo que é o atendimento ao público. Falei!
Depois fomos pra casa para continuar comendo, mas confortavelmente em casa. Eu coloquei as fotos no meu facebook e logo logo vou colocar no orkut também. Eu me diverti muito nesses dias. As minhas energias foram renovadas e até tenho um fôlego para continuar na faculdade. Que aliás, não tenho tanta vontade assim... sabe quando você não vê muito sentido numa coisa? Eu estou assim... mas vou terminar porque falta pouco. Acho que isso acontece porque eu estou há tanto tempo lá e não fiz nenhum amigo. Então, é sempre mais difícil entender as pessoas, o raciocínio etc. Sem contar que não me relaciono com ninguém, então até para fazer trabalhos é difícil, porque os grupos de amigos estão formados... e eu acabo ficando com as pessoas que ninguém quer fazer trabalho (que são as famosas pessoas que nunca fazem nada e você tem que sair correndo para pesquisar, preparar o material e apresentar o trabalho). Ok que elas até fazem alguma coisa, mas não me aportam nada... e no fim eu sempre fico sem entender... e cada vez menos coloco empenho no que estou fazendo.
Mas hoje tenho que me reunir com o meu grupo para fazer a análise de uma empresa de saúde argentina, estou absolutamente sem vontade nenhuma. Mas vou, porque o dever me chama!
Ah! Sábado é dia de prova na UBA. Termino mais uma turminha de alunos e se Deus quiser continuarei no próximo quadrimestre. Digo se Deus quiser, porque gosto muito das aulas e tomara que tenha alunos no horário que eu posso dar aula.
É isso. Parece que estou me queixando da vida, mas na verdade não. Eu gosto muito da minha vida, eu só quero me livrar do que não gosto muito e ficar com a parte agradável! Hahaha quem não quer isso?!
Por falar em ficar com a parte agradável... cara, nunca viaje com Buquebus. É o pior atendimento telefônico que você vai ter na vida!!! Porque simplesmente ninguém atende o telefone! Cara, hoje meu pai não estava se sentindo bem de manhã e eu tentei ligar para trocar o dia da passagem (que diz que você tem direito a isso, já que é uma emergência) e simplesmente ninguém atende o maldito telefone. Conclusão, não comprem passagem pela Buquebus porque você pode ficar no caminho. Eles não têm nenhum telefone de emergência, não explicam nada e te ignoram constantemente.
Será que estou muito ácida hoje? Pode ser, mas é que eu gosto de coisas bem feitas. E odeio as pessoas que pensam que sabem tudo, que se acham o máximo. Sou reiterativa com isso, mas é que é verdade. E o buquebus é mais uma prova de empresa que pensa que é o máximo em atendimento, quando não provê o mínimo que é o atendimento ao público. Falei!
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Furious hate!
Post de fim de tarde é meio desalentador... mas eu preciso desabafar: cara, odeio gente que se acha o máximo! Odeio quem julga os outros e odeio quem odeia! Hahaha Credo! Esse é um post forte. Mas é que eu realmente acho brega as pessoas que se acham o máximo. Acho brega quem julga os outros também. Desde quando você pode saber como é uma pessoa só pela maneira como essa pessoa se veste, pelos traços do rosto, pela maneira como corta o cabelo? Ok, o corte de cabelo pode ser uma dica, mas não dá para julgar ninguém por isso. Odeio imagem. E odeio quem vive de imagem!
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Paçoquimetro
Buenas, buenas, buenas. Antes tarde do que nunca, diria o velho provérbio. Embora o tema seja uma ação do passado o assunto é bem presente: nada melhor que reunir amigos e família para comer uma bela feijoada e passar um domingo agradável em casa. Gente, devo dizer que me sinto plenamente realizada. Primeiro porque minha família é linda e muito, muito agradável. Segundo porque tenho um amor gigante, daqueles de novela e terceiro porque tenho amigas super divertidas. Minha vida não podia ser melhor. O único problema é que eu realmente me esqueci de tirar foto da nossa reunião, porque ficamos conversando tanto e comendo tanto que nos esquecemos todos! Mas garanto que estava tudo uma delícia! Inclusive a caipirinha e a farofa!
O título desse post é nada mais nada menos uma referência à idéia do Brunito de colocar um táxi cujo taxímetro seja a base de paçocas. Hahahaha Ele adora paçoquinha e por ele poderia ser importada container e mais container cheios de paçocas só para ele. E claro, o táxi seria exclusivo para brasileiros que tenham paçoca na mala. Ele até estipulou o valor do taxímetro: 1 paçoquinha a cada 200 metros. Quem sobe no táxi dele?
O título desse post é nada mais nada menos uma referência à idéia do Brunito de colocar um táxi cujo taxímetro seja a base de paçocas. Hahahaha Ele adora paçoquinha e por ele poderia ser importada container e mais container cheios de paçocas só para ele. E claro, o táxi seria exclusivo para brasileiros que tenham paçoca na mala. Ele até estipulou o valor do taxímetro: 1 paçoquinha a cada 200 metros. Quem sobe no táxi dele?
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Como um dia de domingo...
Acho que as quintas-feiras são sempre estranhas. Hoje então nem se fala. Parece que vai chover, mas não chove, tenho aula, mas não tenho vontade nenhuma de ir para a faculdade, estou ansiosa para que cheguem logo meus pais e mais uma infinidade de coisas que passam na minha cabeça. Ainda por cima tenho uma relação imensa de trabalhos para entregar e acho que meu grupo não é tão bom. Aí tenho a sensação estranha de que não pertenço a nenhum grupo e sinto que tenho que sair correndo para fazer alguma coisa. Ainda não senti que fiz algum intercambio bom para minha carreira. Sinto que as pessoas estão muito ocupadas com suas coisas e que só vão dar bola quando precisarem de você.
Enfim, essa não é uma época emocionalmente muito legal. Já tive dias muito melhores aqui. O bom é que meus pais vão estar aqui e nada como colinho de mãe e de carinho de pai para a gente tranqüilizar um pouco.
Ontem fiquei escutando uma cantora francesa muito bonitinha que parece irmã do Diego Luna. Ela se chama Pauline Croze e a música que eu mais gostei foi T'es beau. E para garantir que todos vão cantar com ela, a letra é a seguinte:
T'es beau,
T'es beau parce que t'es courageux,
De regarder dans le fond des yeux,
Celui qui te défie d'être heureux.
T'es beau,
T'es beau comme un cri silencieux,
Vaillant comme un métal précieux,
Qui se bat pour guérir de ses bleus.
C'est comme une rengaine,
Quelques notes en peine,
Qui forcent mon coeur,
Qui forcent ma joie,
Quand je pense a toi,
A présent.
J'ai beau,
J'ai beau me dire qu'au fond c'est mieux,
Même si c'est encore douloureux,
Je n'ai pas de recoin silencieux.
C'est beau,
C'est beau parce que c'est orageux,
Avec ce temps je connais peu,
Les mots qui traînent au coin de mes yeux.
C'est comme une rengaine,
Quelques notes en peine,
Qui forcent mon coeur,
Qui forcent ma joie
Quand je pense à toi,
Toi qui sors de scène,
Sans armes et sans haine,
J'ai peur d'oublier,
J'ai peur d'accepter,
J'ai peur des vivants,
A présent.
T'es beau...
Enfim, essa não é uma época emocionalmente muito legal. Já tive dias muito melhores aqui. O bom é que meus pais vão estar aqui e nada como colinho de mãe e de carinho de pai para a gente tranqüilizar um pouco.
Ontem fiquei escutando uma cantora francesa muito bonitinha que parece irmã do Diego Luna. Ela se chama Pauline Croze e a música que eu mais gostei foi T'es beau. E para garantir que todos vão cantar com ela, a letra é a seguinte:
T'es beau,
T'es beau parce que t'es courageux,
De regarder dans le fond des yeux,
Celui qui te défie d'être heureux.
T'es beau,
T'es beau comme un cri silencieux,
Vaillant comme un métal précieux,
Qui se bat pour guérir de ses bleus.
C'est comme une rengaine,
Quelques notes en peine,
Qui forcent mon coeur,
Qui forcent ma joie,
Quand je pense a toi,
A présent.
J'ai beau,
J'ai beau me dire qu'au fond c'est mieux,
Même si c'est encore douloureux,
Je n'ai pas de recoin silencieux.
C'est beau,
C'est beau parce que c'est orageux,
Avec ce temps je connais peu,
Les mots qui traînent au coin de mes yeux.
C'est comme une rengaine,
Quelques notes en peine,
Qui forcent mon coeur,
Qui forcent ma joie
Quand je pense à toi,
Toi qui sors de scène,
Sans armes et sans haine,
J'ai peur d'oublier,
J'ai peur d'accepter,
J'ai peur des vivants,
A présent.
T'es beau...
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Quarta-feira como se nada...
Pipou, está difícil manter a concentração nesses dias. Estou cheia de trabalhos para entregar. Ok, cheia quer dizer 4 que já sei as consignas e mais 1 que não sei nem do que se trata. E claro, vai ficar por último. A verdade é que estou muito ansiosa porque vêm meus papis para cá e quero aproveitar o máximo de tempo para ficar com eles.
No trabalho anda tudo em ordem, como sempre, e eu não vejo a hora de terminar a faculdade. Cara, que dureza!!! Já não agüento mais e ainda me faltam 4 meses de loucura. De verdadeira loucura!
Ah! Incrivelmente continuo indo à academia. Me sinto muito bem por fazer isso na hora do almoço. Eu não imaginava que realmente dava uma disposição extraordinária. Durmo pouco e parece que é o suficiente.
Hoje busco o resultado da ecografia e amanha busco o resultado do exame de sangue. Espero ter mais vários anos de vida pela frente. Ainda preciso desfrutar mais dessa vida louca.
É isso. Hoje tenho pouco para contar, porque estou correndo para ver se faço os trabalhos que tenho para entregar. Acho que mereço um cantinho no céu por ser uma aluna tão dedicada.
No trabalho anda tudo em ordem, como sempre, e eu não vejo a hora de terminar a faculdade. Cara, que dureza!!! Já não agüento mais e ainda me faltam 4 meses de loucura. De verdadeira loucura!
Ah! Incrivelmente continuo indo à academia. Me sinto muito bem por fazer isso na hora do almoço. Eu não imaginava que realmente dava uma disposição extraordinária. Durmo pouco e parece que é o suficiente.
Hoje busco o resultado da ecografia e amanha busco o resultado do exame de sangue. Espero ter mais vários anos de vida pela frente. Ainda preciso desfrutar mais dessa vida louca.
É isso. Hoje tenho pouco para contar, porque estou correndo para ver se faço os trabalhos que tenho para entregar. Acho que mereço um cantinho no céu por ser uma aluna tão dedicada.
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Mais leve!
Gente!!! Eu precisava postar de novo hoje!!! Realmente faz efeito essa dieta que estou fazendo! Consegui eliminar mais dois quilos! Não me agüento de tanta felicidade! Claro que comemorei com um pedacinho pequeno de chocolate hahahaha. Tudo pelo paradoxo!
Segundona é fogo!
Ei Gisele, você fez aquele trabalho quer era para entregar hoje? Não?! Uuuu então começa a fazer agora, porque tem que entregar hoje!!! Tudo isso porque nesse fim de semana fui dar aula (aliás, é um hobby, não um trabalho), comprei pratos, talheres e demais coisinhas para poder receber a minha família com conforto em casa. E, claro, ontem fiquei limpando e ordenando tudo, assim dá mais espaço para poder viver quatro pessoas na minha casa, pelo menos por uma semana hihihihi.
Agora estou na maior correria, para ver se consigo fazer esse trabalho, na verdade é para analisar a carreira de um executivo. Cara, não tem nada mais chato que isso!
Agora estou na maior correria, para ver se consigo fazer esse trabalho, na verdade é para analisar a carreira de um executivo. Cara, não tem nada mais chato que isso!
sábado, 8 de agosto de 2009
Sabaday...
Sabadão é tudo de bom nessa vida. E para melhorar, voltei às aulas na UBA. Estou feliz. Ainda mais porque minha aluna Cora me disse que conseguiu falar e entender os netinhos brasileiros dela. Isso já me deixa realizada. Em alguma coisa ajudei e isso é tão legal, né? Aliás, devo dizer que adoro dar aula e adoro meus alunos. Gostaria de estar 24 horas disponível para eles. Mas não dá. Então me contento com esse pouquinho.
Ah, por falar em vida de sabadão, hoje depois da aula fiz mais compras para minha casa. Acreditem, agora tenho pratos, copos e talheres para receber meus familiares e amigos. E finalmente poderei receber gente em casa com mais tranquilidade. Isso quer dizer que todos estão mais que convidados! E toda essa correria é porque meus pais (aqui em Buenos Aires se diz “ mis viejos”) vêm pra cá nessa semana!!! Estou super ansiosa! Finalmente posso recebê-los em casa e ficar mais tempo com eles.
Agora vou aproveitar para descansar um pouco. Vou comer o bolo de banana e arandanos que meu bem fez para mim com todo carinho e tomar um delicioso chá de hibisco. E como faz um friozinho bom, vamos ver um filminho também. Ah, tenho um conselho para dar: nunca comam bolo quente, porque realmente dá dor de barriga. Eu já fiz isso e passei uma semana sofrendo.
E para um lindo sábado frio, abraçadinhos e debaixo do cobertor, uma linda canção do filme da Amelie Poulain. Uma fofura!
Ah, por falar em vida de sabadão, hoje depois da aula fiz mais compras para minha casa. Acreditem, agora tenho pratos, copos e talheres para receber meus familiares e amigos. E finalmente poderei receber gente em casa com mais tranquilidade. Isso quer dizer que todos estão mais que convidados! E toda essa correria é porque meus pais (aqui em Buenos Aires se diz “ mis viejos”) vêm pra cá nessa semana!!! Estou super ansiosa! Finalmente posso recebê-los em casa e ficar mais tempo com eles.
Agora vou aproveitar para descansar um pouco. Vou comer o bolo de banana e arandanos que meu bem fez para mim com todo carinho e tomar um delicioso chá de hibisco. E como faz um friozinho bom, vamos ver um filminho também. Ah, tenho um conselho para dar: nunca comam bolo quente, porque realmente dá dor de barriga. Eu já fiz isso e passei uma semana sofrendo.
E para um lindo sábado frio, abraçadinhos e debaixo do cobertor, uma linda canção do filme da Amelie Poulain. Uma fofura!
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Hoje é sexta-feira!
Puxa vida, muito obrigada minha gente! Fico super, mas super feliz mesmo em receber os recadinhos! Estou emocionada! E sabem, vejo que cada dia é totalmente diferente do outro. Não só os ânimos, as situações e até as pessoas. Acho que quando estamos mais relaxados as coisas fluem melhor. Ou não, mas está aí para pensar. O que não faz com que se tornem mais ou menos difíceis. Muitas vezes é simplesmente suportável.
E como hoje é um dia diferente, já tenho anedotas para contar. Ok, anedota é uma palavra muito argentina para contar situações, acontecimentos relevantes. Cara, hoje fui fazer uma ultra-sonografia da vesícula e abdomen e a médica que fez o exame era uma figura! Hahaha estou rindo até agora dela. Enquanto ela colocava aquele gel gelado na barriga e me pedia para respirar fundo e segurar a respiração, ela me contava que a mãe dela dizia para ela não engolir o chiclete que se não grudava as tripas. E aí eu contei que minha mãe me falava para não engolir as sementes da melancia para não nascer um pé de melancia na barriga (e, na minha imaginação, pé de melancia era uma árvore!). O detalhe é que ela fez uma associação surreal com o fato de eu trabalhar numa empresa de agroindústria (que vende grãos e sementes) com o chiclete. E ela me disse: “Nossa, estou imaginando se um dia eu comer melancia e engolir a semente e no mesmo dia engolir um chiclete, vai nascer um pé de melancia todo grudado! Credo!”. Hahahaha eu ria de como ela me contava e da cara que me fazia!! Realmente hilária.
E tenho outro “causo” para contar. A senhora da cozinha que trabalha aqui na Nidera é um docinho. Aliás, as duas são, tanto a Andréa como a Alba. Mas eu acabo conversando mais com ela, porque ela sempre vem me perguntar dos diretores que vão almoçar, e aí sempre intercambiamos umas palavras. Eu já contei para vocês que comecei a fazer academia e que fica de frente para o prédio onde trabalho. Bom, o fato é que hoje ela me chamou para mostrar que ela pode me ver fazendo exercício da janela dela e queria me mostrar. Fui até lá e começamos a conversar. Aí eu contei que morei em Santo André (em São Paulo) e que aí eu brincava muito na rua, corria, subia em árvore, etc etc. E ela me disse que no povoado onde ela morava ela também podia brincar muito na rua. E que o sonho dela era ter um patins (que naquela época era muito caro), mas que ela ganhou no ano passado um patins da filha de uma amiga dela que mora em Paris e que as vezes ela anda pela casa. Hahahaha Ela já tem seus 60 anos e tem toda a energia de uma garotinha de 20. Nem eu tenho, porque acho que não posso mais me equilibrar no patins! Hahaha E aí contei que minha irmã não sabe andar de bicicleta, então ela ficou chocada! Hahaha Adoro estórias de vida.
E outro fato, para terminar, é que ontem uma querida amiga me pediu conselhos. É uma querida amiga, do peito mesmo. Quase irmã de sangue. Legal quando a gente pode ajudar as pessoas, né? Me sinto tão feliz quando posso ser útil! E por falar em ser útil, amanhã volto a dar aulas de português. Depois de tanto tempo de férias forçadas pela gripe suína, finalmente volto para meus queridos alunos!
E continuo agradecendo os comentários. É verdadeiramente um alento saber que vocês me lêem, me apóiam e me aconselham! Juro! Mas Soninha, ainda não é o momento certo de voltar. Talvez no futuro. E você tem toda razão, sinto muita saudade da minha família e das minhas amigas. Mas sinto que ainda tenho muito para fazer aqui e que estou amadurecendo muito mesmo. Todo esse aprendizado é muito válido para mim. Pode ser que eu volte, mas por enquanto não penso nisso. E Van, talvez ir para a Austrália seria uma boa opção, só que é muito longe... e o bom de viver em Buenos Aires é que sempre recebo visitas, como a dos meus pais que vão vir para cá na semana que vem. Se eu morasse na Austrália, eles não poderiam me visitar com tanta freqüência... Mas fica aí a deixa, porque tudo pode acontecer!
Ah! E para vocês um link de um vídeo super fofinho de uma músiquinha fofa para essa tarde fria de sexta-feira. Espero que gostem!
E como hoje é um dia diferente, já tenho anedotas para contar. Ok, anedota é uma palavra muito argentina para contar situações, acontecimentos relevantes. Cara, hoje fui fazer uma ultra-sonografia da vesícula e abdomen e a médica que fez o exame era uma figura! Hahaha estou rindo até agora dela. Enquanto ela colocava aquele gel gelado na barriga e me pedia para respirar fundo e segurar a respiração, ela me contava que a mãe dela dizia para ela não engolir o chiclete que se não grudava as tripas. E aí eu contei que minha mãe me falava para não engolir as sementes da melancia para não nascer um pé de melancia na barriga (e, na minha imaginação, pé de melancia era uma árvore!). O detalhe é que ela fez uma associação surreal com o fato de eu trabalhar numa empresa de agroindústria (que vende grãos e sementes) com o chiclete. E ela me disse: “Nossa, estou imaginando se um dia eu comer melancia e engolir a semente e no mesmo dia engolir um chiclete, vai nascer um pé de melancia todo grudado! Credo!”. Hahahaha eu ria de como ela me contava e da cara que me fazia!! Realmente hilária.
E tenho outro “causo” para contar. A senhora da cozinha que trabalha aqui na Nidera é um docinho. Aliás, as duas são, tanto a Andréa como a Alba. Mas eu acabo conversando mais com ela, porque ela sempre vem me perguntar dos diretores que vão almoçar, e aí sempre intercambiamos umas palavras. Eu já contei para vocês que comecei a fazer academia e que fica de frente para o prédio onde trabalho. Bom, o fato é que hoje ela me chamou para mostrar que ela pode me ver fazendo exercício da janela dela e queria me mostrar. Fui até lá e começamos a conversar. Aí eu contei que morei em Santo André (em São Paulo) e que aí eu brincava muito na rua, corria, subia em árvore, etc etc. E ela me disse que no povoado onde ela morava ela também podia brincar muito na rua. E que o sonho dela era ter um patins (que naquela época era muito caro), mas que ela ganhou no ano passado um patins da filha de uma amiga dela que mora em Paris e que as vezes ela anda pela casa. Hahahaha Ela já tem seus 60 anos e tem toda a energia de uma garotinha de 20. Nem eu tenho, porque acho que não posso mais me equilibrar no patins! Hahaha E aí contei que minha irmã não sabe andar de bicicleta, então ela ficou chocada! Hahaha Adoro estórias de vida.
E outro fato, para terminar, é que ontem uma querida amiga me pediu conselhos. É uma querida amiga, do peito mesmo. Quase irmã de sangue. Legal quando a gente pode ajudar as pessoas, né? Me sinto tão feliz quando posso ser útil! E por falar em ser útil, amanhã volto a dar aulas de português. Depois de tanto tempo de férias forçadas pela gripe suína, finalmente volto para meus queridos alunos!
E continuo agradecendo os comentários. É verdadeiramente um alento saber que vocês me lêem, me apóiam e me aconselham! Juro! Mas Soninha, ainda não é o momento certo de voltar. Talvez no futuro. E você tem toda razão, sinto muita saudade da minha família e das minhas amigas. Mas sinto que ainda tenho muito para fazer aqui e que estou amadurecendo muito mesmo. Todo esse aprendizado é muito válido para mim. Pode ser que eu volte, mas por enquanto não penso nisso. E Van, talvez ir para a Austrália seria uma boa opção, só que é muito longe... e o bom de viver em Buenos Aires é que sempre recebo visitas, como a dos meus pais que vão vir para cá na semana que vem. Se eu morasse na Austrália, eles não poderiam me visitar com tanta freqüência... Mas fica aí a deixa, porque tudo pode acontecer!
Ah! E para vocês um link de um vídeo super fofinho de uma músiquinha fofa para essa tarde fria de sexta-feira. Espero que gostem!
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Papo de ET
Hoje, mais do que nunca, estou com vontade e necessidade de falar. É que eu me sinto meio sozinha e sinto que é bastante complicado conversar com as pessoas. Olha, não é só no trabalho não. Devo confessar que fazer amizade é muito difícil. E mais difícil ainda é fazer as pessoas me entenderem. Eu devo ser mesmo um peixe fora d’água (ou como diriam aqui na Argentina, un sapo de otro pozo). Eu que não queria acreditar nisso. E acho que isso não acontecia no Brasil, porque sempre tive muitos amigos e amigas em todos lados, não sentia dificuldade para me relacionar com as pessoas. E aqui, acreditem, tenho muitas dificuldades.
A primeira delas é no trabalho. Não consigo me relacionar com ninguém. Não almoço com ninguém e no início era super complicado para mim. Agora já me acostumei. Mas, no Santander, eu tinha várias amigas e amigos, e no almoço era uma verdadeira festa, mesa grande, cheia de gente, risadas, brincadeiras, assuntos sérios... falávamos de tudo, menos de trabalho e muito menos da vida dos outros. Acho que me acostumei mal. Aqui não existe isso (exceto no meu emprego anterior, que minhas amigas me disseram que é coisa rara de acontecer).
Eu não quero falar mal de Buenos Aires. De forma alguma! Adoro estar aqui, ainda mais porque é um lugar que me puxa para os meus próprios limites. Cada dia supero alguma coisa que achava que era impossível.
E vejam, nem tudo é chororó. No meu emprego anterior eu fiz grandes amigas e um amigo. Pessoas que me acolheram e me trataram como um ser normal. Me trataram como argentina. Até mate ganhei. Quando me lembro dos nossos dias de trabalho juntas até me dá saudade, porque o salário era horrível, mas as pessoas eram fantásticas.
E eu fico pensando, quem nunca se sentiu um ET? Eu acho que sou um ET. O bom é que ao longo da minha vida aqui na Argentina, fui encontrando alguns outros ETs. Gente do bem, mas estranhas como eu. Não vou mencionar nomes, porque podem se ofender (ou não, nós ETs reconhecemos que somos diferentes). E fico pensando existe alguma fórmula para ser uma pessoa normal? Ainda não encontrei. Enquanto isso, falo sozinha, quem sabe me entendo.
Mas tem alguns detalhes do meu dia-a-dia que dão fôlego: o meu instrutor na academia, que é um senhor muito, mas muito simpático, é um bom exemplo. Adoro conversar com ele enquanto faço esteira (claro que ele fala mais que eu, porque sinceramente é impossível eu falar e caminhar rápido). O nome dele é Roque. E tem o Mário, que é motorista da Nidera. Ele é um doce de pessoa, e sempre conversamos sobre a vida, viagens, tempo, etc. Se não fosse ele, minha vida laboral aqui seria quase insuportável.
E é por isso que eu gosto de viver aqui. Gosto de descobrir essas pessoas preciosas. Como meus amigos, alguns queridos conhecidos que me agüentam e me escutam. E eu sei que esse post não é dos mais animadores. Mas quem disse que ets não têm dias estranhos assim?
PS: Muito obrigada pelos comentários. Simplesmente A-DO-REI!
A primeira delas é no trabalho. Não consigo me relacionar com ninguém. Não almoço com ninguém e no início era super complicado para mim. Agora já me acostumei. Mas, no Santander, eu tinha várias amigas e amigos, e no almoço era uma verdadeira festa, mesa grande, cheia de gente, risadas, brincadeiras, assuntos sérios... falávamos de tudo, menos de trabalho e muito menos da vida dos outros. Acho que me acostumei mal. Aqui não existe isso (exceto no meu emprego anterior, que minhas amigas me disseram que é coisa rara de acontecer).
Eu não quero falar mal de Buenos Aires. De forma alguma! Adoro estar aqui, ainda mais porque é um lugar que me puxa para os meus próprios limites. Cada dia supero alguma coisa que achava que era impossível.
E vejam, nem tudo é chororó. No meu emprego anterior eu fiz grandes amigas e um amigo. Pessoas que me acolheram e me trataram como um ser normal. Me trataram como argentina. Até mate ganhei. Quando me lembro dos nossos dias de trabalho juntas até me dá saudade, porque o salário era horrível, mas as pessoas eram fantásticas.
E eu fico pensando, quem nunca se sentiu um ET? Eu acho que sou um ET. O bom é que ao longo da minha vida aqui na Argentina, fui encontrando alguns outros ETs. Gente do bem, mas estranhas como eu. Não vou mencionar nomes, porque podem se ofender (ou não, nós ETs reconhecemos que somos diferentes). E fico pensando existe alguma fórmula para ser uma pessoa normal? Ainda não encontrei. Enquanto isso, falo sozinha, quem sabe me entendo.
Mas tem alguns detalhes do meu dia-a-dia que dão fôlego: o meu instrutor na academia, que é um senhor muito, mas muito simpático, é um bom exemplo. Adoro conversar com ele enquanto faço esteira (claro que ele fala mais que eu, porque sinceramente é impossível eu falar e caminhar rápido). O nome dele é Roque. E tem o Mário, que é motorista da Nidera. Ele é um doce de pessoa, e sempre conversamos sobre a vida, viagens, tempo, etc. Se não fosse ele, minha vida laboral aqui seria quase insuportável.
E é por isso que eu gosto de viver aqui. Gosto de descobrir essas pessoas preciosas. Como meus amigos, alguns queridos conhecidos que me agüentam e me escutam. E eu sei que esse post não é dos mais animadores. Mas quem disse que ets não têm dias estranhos assim?
PS: Muito obrigada pelos comentários. Simplesmente A-DO-REI!
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Pecados
Eu não sei bem todos os pecados capitais. Mas hoje cometi dois: gula (sim, pequei com um quadradinho de chocolate meio amargo delicioso) e preguiça.
Cara está difícil me concentrar. Preciso fazer vários trabalhos e não consigo concentrar minhas idéias... olha, os temas nem são tão chatos, mas é que ultimamente estou com vontade de ficar sem fazer nada mesmo. Comprei uma lista de filmes que pretendo ver o quanto antes. Como diria meu irmão, ando bem filmeira (palavra criada pelo Dedé para dizer que alguém assiste muitos filmes a ponto de prever o fim da história). Eu não prevejo o fim, mas assisto muitos filmes. Será que não sou filmeira ainda? Bom... deixa pra lá.
Amanhã faço exame de sangue... vamos ver quanto tempo ainda vou durar. Hahaha “yerba mala nunca muere” e com base nisso comecei a fazer todos os tratamentos pertinentes de uma pessoa que envelhece e nunca morre: creme para as rugas, ginástica, dormir, comer salada e legumes. Acho que é só. Por falar em comer, eu comi hoje uma sopinha de legumes (que estava uma delícia!). Só que tenho fome de novo... cara, é difícil pensar como magro.
Por favor, enviem pensamentos positivos para que eu entregue os trabalhos. O mais urgente é para segunda-feira e eu ainda nem comecei. É sobre a carreira de um executivo que tem que se expatriar. Eu já me expatriei e não sou executiva. Mas minha opinião não vale, tenho que fazer uma análise teórica sobre a vida dele (fala sério!). Outro trabalho que tenho que fazer é sobre Comunicação Integrada de Marketing. Esse é mais legal e escolhi falar sobre a Bombril, aqui ninguém conhece, mas eu sempre adorei as propagandas com o Carlos Moreno. Outro trabalho é sobre Responsabilidade Social Empresaria, tenho que fazer um plano para uma empresa de Tecnologia... mas não estou com vontade.
É duro ser responsável.
Cara está difícil me concentrar. Preciso fazer vários trabalhos e não consigo concentrar minhas idéias... olha, os temas nem são tão chatos, mas é que ultimamente estou com vontade de ficar sem fazer nada mesmo. Comprei uma lista de filmes que pretendo ver o quanto antes. Como diria meu irmão, ando bem filmeira (palavra criada pelo Dedé para dizer que alguém assiste muitos filmes a ponto de prever o fim da história). Eu não prevejo o fim, mas assisto muitos filmes. Será que não sou filmeira ainda? Bom... deixa pra lá.
Amanhã faço exame de sangue... vamos ver quanto tempo ainda vou durar. Hahaha “yerba mala nunca muere” e com base nisso comecei a fazer todos os tratamentos pertinentes de uma pessoa que envelhece e nunca morre: creme para as rugas, ginástica, dormir, comer salada e legumes. Acho que é só. Por falar em comer, eu comi hoje uma sopinha de legumes (que estava uma delícia!). Só que tenho fome de novo... cara, é difícil pensar como magro.
Por favor, enviem pensamentos positivos para que eu entregue os trabalhos. O mais urgente é para segunda-feira e eu ainda nem comecei. É sobre a carreira de um executivo que tem que se expatriar. Eu já me expatriei e não sou executiva. Mas minha opinião não vale, tenho que fazer uma análise teórica sobre a vida dele (fala sério!). Outro trabalho que tenho que fazer é sobre Comunicação Integrada de Marketing. Esse é mais legal e escolhi falar sobre a Bombril, aqui ninguém conhece, mas eu sempre adorei as propagandas com o Carlos Moreno. Outro trabalho é sobre Responsabilidade Social Empresaria, tenho que fazer um plano para uma empresa de Tecnologia... mas não estou com vontade.
É duro ser responsável.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Dieta de segunda
Eu decidi emagrecer. Ok, não é novidade, porque já tentei de mil maneiras diferentes. Mas agora resolvi por em prática tudo o que eu já li sobre ser saudável (e magra). Na verdade fazem dois dias que estou na parte prática do meu projeto de emagrecer. Mas os planos... ah, os planos... já tem uns bons meses.
Devo aclarar minhas condições, assim, é possível acompanhar a evolução dos fatos. Eu sou brasileira, moro em Buenos Aires há 1 ano e 4 meses, tenho 28 anos, 1,65 e 59,5 kilos. Registro o peso com orgulho, porque desde ontem eu consegui eliminar meio quilo (ah, vou usar a terminologia da minha mãe que sempre me corrigiu para dizer eliminar e não perder, porque quem perde sempre encontra, e nesse caso, eu não quero nunca mais encontrar!).
Aqui em Buenos Aires tudo é bastante diferente de São Paulo, minha terra natal. Aqui quase todo mundo é magro. Digo quase, porque algumas vezes me deparei com gordinhas por aí. Mas são exceção. Aqui a terra é de magros, e quem é gordo não é rei. É gordo e ponto.
Então eu aderi ao modismo de ser magra. Posso parecer magra, mas não sou não. Tenho uns quilinhos extras que me acompanham a um bom tempo e que decidi eliminar (viu só mãe como eu me lembro dos seus ensinamentos?). E por isso, eu comecei ontem uma dieta de verdade e (acreditem!) a fazer academia na hora do almoço.
No café-da-manhã tomei chá de hibisco com um pedacinho de pão (branco mesmo, porque era o que eu tinha). Tomei no intervalo um chá verde e fiz 45 minutos de academia, 15 minutos de bicicleta e 30 de esteira. Almocei arroz integral a grega, com legumes, na parte da tarde tomei mais chá verde, cai na tentação de comer 2 bolachinhas sem recheio e antes de jantar tomei uma sopa (dessas de pozinho, porque eu não sei cozinhar). À noite jantei um lindo prato de rucula com almeirão (na verdade eu ainda não sei se comi almeirão ou chicória, porque em espanhol se chama radicheta e eu não encontrei no dicionário o sinônimo).
Hoje eu comi as mesmas coisas, com a diferença que antes do almoço eu comi aquelas mesmas bolachinhas sem recheio. Acho que estou resistindo bem às tentações, porque tenho um chocolate aberto na minha gaveta e mais o resto de todas as bolachinhas deliciosas que estão gritando meu nome. Ainda mais aqui que faz um friozinho bom para comer. E a comida é boa! Mas enfim, acho que sem determinação não dá para fazer dieta. Hoje, com a diferença de ontem, eu vou para a faculdade. Espero não me tentar com os croissants que eles chamam carinhosamente de medias-lunas. Porque esses sim, gritam meu nome e meu apelido!
Me digam, essa foto é almeirão ou chicória?
Devo aclarar minhas condições, assim, é possível acompanhar a evolução dos fatos. Eu sou brasileira, moro em Buenos Aires há 1 ano e 4 meses, tenho 28 anos, 1,65 e 59,5 kilos. Registro o peso com orgulho, porque desde ontem eu consegui eliminar meio quilo (ah, vou usar a terminologia da minha mãe que sempre me corrigiu para dizer eliminar e não perder, porque quem perde sempre encontra, e nesse caso, eu não quero nunca mais encontrar!).
Aqui em Buenos Aires tudo é bastante diferente de São Paulo, minha terra natal. Aqui quase todo mundo é magro. Digo quase, porque algumas vezes me deparei com gordinhas por aí. Mas são exceção. Aqui a terra é de magros, e quem é gordo não é rei. É gordo e ponto.
Então eu aderi ao modismo de ser magra. Posso parecer magra, mas não sou não. Tenho uns quilinhos extras que me acompanham a um bom tempo e que decidi eliminar (viu só mãe como eu me lembro dos seus ensinamentos?). E por isso, eu comecei ontem uma dieta de verdade e (acreditem!) a fazer academia na hora do almoço.
No café-da-manhã tomei chá de hibisco com um pedacinho de pão (branco mesmo, porque era o que eu tinha). Tomei no intervalo um chá verde e fiz 45 minutos de academia, 15 minutos de bicicleta e 30 de esteira. Almocei arroz integral a grega, com legumes, na parte da tarde tomei mais chá verde, cai na tentação de comer 2 bolachinhas sem recheio e antes de jantar tomei uma sopa (dessas de pozinho, porque eu não sei cozinhar). À noite jantei um lindo prato de rucula com almeirão (na verdade eu ainda não sei se comi almeirão ou chicória, porque em espanhol se chama radicheta e eu não encontrei no dicionário o sinônimo).
Hoje eu comi as mesmas coisas, com a diferença que antes do almoço eu comi aquelas mesmas bolachinhas sem recheio. Acho que estou resistindo bem às tentações, porque tenho um chocolate aberto na minha gaveta e mais o resto de todas as bolachinhas deliciosas que estão gritando meu nome. Ainda mais aqui que faz um friozinho bom para comer. E a comida é boa! Mas enfim, acho que sem determinação não dá para fazer dieta. Hoje, com a diferença de ontem, eu vou para a faculdade. Espero não me tentar com os croissants que eles chamam carinhosamente de medias-lunas. Porque esses sim, gritam meu nome e meu apelido!
Me digam, essa foto é almeirão ou chicória?
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