segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Pensar em ajudar

Puxa vida, faz tanto tempo que eu não escrevo que me dá até um friozinho na barriga quando tento lembrar tudo o que passou nesses dias. É que não quero me esquecer de nada. Bom, eu continuei trabalhando muito e estudando. Já estou na reta final, e sinceramente não vejo a hora de terminar este ano letivo.

Outra coisa que quero registrar é a quantidade de e-mails e mensagens carinhosas que recebi de meus amigos e amigas nestes dias. Ando muito cansada, não consigo responder, mas me entendam, estou terminando um processo complicado. Reconheço que não fiz coisas bem planificadas. Uma delas foi não ter me dado conta de que eu não posso com tudo. Sou tão humana como todos os outros... e não percebi que eu não posso manter três empregos e ainda assim fazer um mestrado. Não dá. Só que percebi agora que estou super esgotada que não aguento fazer nada mais. Nem dormir direito.

Esse é o verdadeiro resumo dos meus últimos dias. Minha rotina tem sido 100% compromisso, praticamente 24 horas por dia. Por outro lado, me sinto feliz de ter realizado tantas coisas. Existe uma ponta de orgulho em mim sim. Orgulho de ser uma pessoa com determinação e ter muita garra. A gente pode estar se arrastando de cansaço, mas sempre tem um sorriso no rosto, uma palavra amiga, um ombro para dar a quem precisa. Nesse ponto, não abandonei meu lado humano. Só que eu não estou cuidando de mim como deveria. E lembra daqueles quilinhos que eu perdi no começo do blog? Então, já ganhei tudo de novo porque não voltei mais para a academia, nem segui a dieta controlada que eu fazia.

Além de tudo isso, eu quero ser uma pessoa mais responsável com o mundo também. Por isso, nesses dias estou acompanhando tudo o que acontece na Conferencia de Copenhague. É um tema sério. Acho que a atitude dos líderes mundiais é importante, mas essencial mesmo é que todos nós, meros mortais, façamos a nossa parte para contribuir para um mundo melhor. Ainda mais porque esse mundo é nosso, e vamos viver nele por muitos anos mais.

Então, algumas medidas que o Greenpeace indicou na Folha de São Paulo de hoje são realmente importantes e todos nós podemos fazer para salvar o planeta (e nossas próprias vidas):

• Economize energia. Para iluminar a casa, prefira a luz natural. Troque lâmpadas incandescentes por fluorescentes e apague as luzes quando não houver ninguém no ambiente.

• Desligue aparelhos domésticos quando não estiverem em uso e compre eletrodomésticos classificados como nível A em eficiência energética. Não deixe os eletrodomésticos no stand-by.

• Não deixe o carregador de celular na tomada enquanto não estiver carregando. Isso também gasta energia.

• Acumule várias peças de roupa para passar tudo de uma vez e, assim, economizar energia. Evite usar o ferro de passar quando muitos eletrodomésticos estiverem ligados, para evitar uma sobrecarga na rede elétrica.

• Instale a geladeira ou freezer em local ventilado e longe do fogão. Evite abrir a porta sem necessidade.

• Procure não utilizar o aparelho de ar condicionado. Se for usá-lo, evite o ligar na potência máxima e mantenha portas e janelas fechadas, para evitar desperdício de energia.

• Regule o chuveiro para a estação verão e evite tomar banhos muito longos. Procure também não tomar banho entre 18h e 22h.

• Evite o desperdício de água, recurso ameaçado com o aquecimento global. Feche sempre a torneira quando não estiver em uso, como na hora de escovar os dentes. Em áreas sujeitas a secas prolongadas, armazene água.

• Coloque uma garrafa pet na caixa de água do vaso sanitário, se ela existir na sua casa. Isso diminui a quantidade de água usada na descarga.

• Regule as torneiras da sua casa. O pinga-pinga pode significar um desperdício de 46 litros em um único dia.

• Deixe o carro na garagem e utilize o transporte coletivo e a bicicleta, quando possível. Faça revisões periódicas no seu veículo para reduzir a emissão de poluentes.

• Evite comprar veículos utilitários, especialmente para rodar na cidade com uma única pessoa a bordo. Avalie o grau de eficiência do motor e dê preferência a combustíveis como o álcool e o biodiesel.

• Procure comprar móveis com o selo FSC, que é a garantia de que a madeira usada não veio de desmatamento. Pressione a prefeitura do seu município a aderir à Rede Cidade Amiga da Amazônia.

• Ao comprar um imóvel novo, cobre da construtora o uso de padrões ambientais corretos, que aproveitam a água da chuva, usam energia do sol para iluminação e aquecimento, têm climatização natural e não usam madeira de desmatamento na construção.

• Ao comprar comida, priorize alimentos que venham de perto da sua casa e, assim, não levam a uma emissão muito alta de gases-estufa no transporte. Procure saber a origem dos alimentos e o impacto ambiental envolvido na produção --evite consumir carne vermelha que tenha vindo de áreas desmatadas na Amazônia. Prefira embalagens recicláveis.

• Ajude a recuperar o verde de sua cidade. Plante árvores no seu quintal, na sua propriedade rural e até mesmo em áreas públicas.

• Apoie e participe de ações contra a destruição de nossas florestas.

• Cuide das praias, que serão afetadas pela subida dos oceanos, e lute contra construções que estão próximas demais. Peça ao governo que crie unidades de conservação marinhas, pois o oceano ajuda a regular o clima.

• Informe-se e procure entender as causas das mudanças climáticas e suas consequências. Divulgue na sua comunidade estas informações e cobre dos governantes medidas para combater o problema e seus impactos.

• Pressione empresas e governos a substituírem as energias sujas, perigosas e ultrapassadas (combustíveis fósseis, nuclear, grandes hidrelétricas) pelas energias positivas (solar, eólica, pequenas hidrelétricas).

É isso. A gente tem que ficar de olho no que vai sair da COP 15, mas o bom mesmo é fazer alguma coisa independente do que os líderes mundiais decidam. Todos nós juntos temos mais poder de decisão do que eles sozinhos.