domingo, 2 de novembro de 2014

Um domingo qualquer

Ué, voltei a escrever? Na verdade, nunca deixei de escrever. Tenho palavras e letras espalhadas por todos lados e o que sim não tenho feito ultimamente foi canalizar tudo isso em um mesmo lugar: neste blog. Aliás, para confessar bem a verdade, eu tinha esquecido completamente que escrevia aqui. E não tem uma explicação muito precisa. O que sim me fez recordar este blog foi meu querido amigo Santiago que não só leu, como também comentou coisas muito curiosas sobre meu passado. Obrigada. Nós somos mesmo feitos de história e ideias, se procuramos, encontramos coisas que nem imaginamos que existem. Pois bem, hoje o dia está um cacareco aqui em Buenos Aires. Chove, faz frio, minha família está na maior festança em São Paulo comemorando o aniversário de 80 anos do meu avô e os 60 anos de casados. Tudo muito lindo e gostoso (pelo que já vi nas fotos). A única coisa minha que está lá é a minha foto, para que mesmo simbolicamente eu participe da festa. Talvez uma ou outra lembrança também esteja lá, talvez. A sensação que tenho é a de que hoje poderia ser perfeitamente um dia como dos quadrinhos do Eternauta. Quem não leu, deveria conhecer. É de ficção científica, coisa que eu não gosto muito, mas por incrível que pareça, me fisgou. Nos quadrinhos cai uma neve radioativa que mata todas as pessoas que a tocam. A chuva aqui está tão pesada e faz tantos dias que chove, que poderia até pensar que algo está errado com o mundo. Poderia chover assim em São Paulo, mais precisamente na Cantareira. Combina com este domingo escutar Rostropovich. E é o que estou fazendo. Enquanto escrevo, escuto e tenho os pensamentos em todos lados. Aqui, em São Paulo e em La Lucila. O que o mundo está fazendo agora, enquanto eu escuto e escrevo? É uma curiosidade que tenho. E não vou fazer uma retrospectiva de tudo o que aconteceu desde o último post. Aconteceram muitas coisas. A grande maioria, coisas boas. A vida segue seu caminho, tranquila e algumas vezes até surpreendente. Eu estou bem feliz. Tenho mais amigos, estou com tempo para cultivar estas amizades e ando por aí com a cabeça nas nuvens. Será que é por causa do meu aniversário que está chegando? Sei lá. Estou feliz com isso também. Difícil admitir que vou completar 34 primaveras. Meu Deus! Tudo isso. Se bem a idade não conta, eu me sinto muito mais jovem que anos atrás. O tempo também faz bem às pessoas.