Sabe quando a gente tem um desses dias felizes na vida, sem um grande motivo?! Hoje é um deles. Na verdade tenho alguns motivos sim para estar feliz. Olha, o primeiro deles é que uma pessoa super legal me escreveu. O Rossano me encontrou no linkedIn e me escreveu. Fiquei muito contente quando vi o e-mail dele. É sério. Ele foi parte importante da minha vida, me ajudou a crescer como pessoa e estávamos separados por forças maiores. E não é que nos encontramos?! Meu, isso é muito legal! Ok, é um encontro cibernético, porque não nos vimos de verdade. Mas não importa. É a mesma emoção de quando recebi seu primeiro e-mail. E ele é muito engraçado. É o humor inteligente dele que eu sentia falta.
Então, outro bom motivo para aumentar minha alegria foi o meu dentista. Depois de quase dois anos sem me consultar, porque eu não conhecia ninguém tão bom como o dr. Jorge, eu fui ao dentista e o dr. Mário disse que eu não tenho nenhuma cárie!!! Que minha boca é limpa e sã! Fiquei emocionada! Primeiro porque odeio esses tratamentos dentários, segundo porque teria que encontrar horário na minha agenda... só não me preocupa o valor, porque o convênio médico cobre o dentista.
E por último, uma coisa muito engraçada e interessante me aconteceu. Quando eu voltei do consultório para a empresa onde trabalho a moça da recepção me disse que o taxista que veio me buscar para ir ao dentista procurou só pelo meu primeiro nome. E aqui no edifício onde trabalho tem várias empresas, mais de mil pessoas e Gisele é um nome comum aqui na Argentina. Então a moça pensou primeiro em mim e ligou na recepção da empresa no andar onde trabalho e me avisou. Fiquei emocionada, porque isso é que é ser importante e exclusiva! Hahaha Geralmente isso não acontece, mas... fiquei me sentindo pelo grau de importância que a moça da recepção me deu. A propósito, o nome dela é Alba e ela ficaria muito feliz que eu a chamei de moça.
É isso. Além do que falta pouco para eu sair de férias e ir para o Brasil. Estou animada com isso também. Muito animada. O Bruno não conhece o Brasil, então faço questão de mostrar várias coisas legais para ele ficar apaixonado pela minha terra!
A única coisa triste desta semana é que ontem foi meu último dia de acrobacia no circo La Caravana... é que no mês que vem eles vão mudar de horário e eu vou buscar outro circo para fazer aula. Amanha vou conhecer um e depois posto minha opinião.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Vídeo do Stand By
Bom, fim de semana de chuva dá nisso: subi fotos e videos para compartilhar. Depois subo mais fotos de Rosario, para que conheçam a cidade. Mas por enquanto fiquem com o vídeo da banda Stand By fazendo um cover do Red Hot Chilli Peppers.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Mais fotos de Rosario
Essa garotinha é fera na guitarra. Ela é da banda Stand By de Rosário. Toca muuuuito.
Fotos de Rosário
Uma seleção das fotos de Rosário. Detalhe, tiramos tantas fotos, de tantos jeitos e algumas eu retoquei só para parecer pintura.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
Carnaval de segunda
Bom dia!
Buenos Aires, I´m back! Gente... um finalzinho de semana e já tinha saudade da minha cidade e da minha casa.... hahahaha juro!
Bom, contei o que aconteceu na sexta passada e eu também fiquei horrorizada, ainda mais com a passividade com que as pessoas aceitam esse tipo de violência. Viajamos de noite para Rosário e minha impressão da cidade é ainda um pouco confusa. Primeiro, é um lugar lindo, limpo, tem muito verde, arquitetura linda, bem conservada, é tranquila e segura. O problema é que é pequena e muuuuuito tranquila para o meu gosto. Depois de caminhar pela cidade o sábado todo, já tinha conhecido todos os pontos importantes e quase não tinha movimento de gente.
Eu já conhecia Rosário de outra vez que fui. E a cidade continua igualzinha. Pacata, sem muito agito e ainda por cima as feirinhas de artesanato têm dois ou três artesões e é tudo. Nem presentinho para minha mãe eu acabei comprando, porque não encontrei.
Mas o pior de tudo foi o albergue que ficamos. Quem me conhece sabe que sou do tipo mochileira e que gosto de ficar em albergue. Mas que seja minimamente confortável, pelamor! Esse era uma verdadeira espelunca, só que decidimos ficar para não ter que ficar buscando outro lugar, já que íamos ficar só o fim de semana, e assim não perderíamos o precioso momento de recorrer a cidade tendo que entrar de hotel em hotel perguntando por preço e disponibilidade para uma noite. A sorte é que era barato e estava bem posicionado no centro, fácil acesso a todos lados.
O que valeu a pena mesmo foi ir ao Garcia Bar no sábado de noite onde tocaram duas bandas de rock locais. A primeira não gostei muito. Eram muito jovenzinhos e todas as letras eram deles, ou seja, nem eu, nem os que estavam aí conheciam as músicas. Dica para os músicos novos: sempre façam um cover para ajudar a orientar os fãs e para que eles saibam que tipo de rock, que estilo a banda tem e intercalem canções próprias e consagradas, assim não cansa o ouvido das pessoas. Por melhor que seja uma banda, é difícil gostar logo de cara.
A segunda banda que tocou se chama Stand By e era muito, muito boa. Gravei, Tirei foto e até dei uma de tiete e tirei foto com a guitarrista da banda. Sim, era uma garotinha linda e delicada que toca Deep Purple e Led Zeppeling magnificamente! Encontrei no myspace: http://www.myspace.com/standbyrockband . Vale a pena escutá-los. É uma banda nova e realmente eu gostei muito, inclusive da canção própria que eles cantaram. Os caras são bons no que fazem. Depois posto as fotos e vou subir um vídeo.
Agora, às vezes é engraçado como a gente se transforma num bicho raro de vez em quando. Sem querer eu fui verbalmente bruta com o Bruno. Depois a gente se acertou, mas violência verbal gratuita não é bom. Me arrependo. Acho que estava bipolar... não sei. Já pedi desculpas, mas tive uma over reaction por qualquer coisa. Enfim... e hoje, penso no que disse e vejo que foi uma coisa feia de mim. Escrevo para que todos saibam que como um ser humano, eu faço coisas boas e más, lindas e feias. E isso também é ser demasiado humano. Ufff Nietzche!
Ah!! Robinson, voltando ao tema de adaptação, cara, realmente morar em outro país a gente tem que descobrir tudo... desde os produtos até onde conseguir comprar. Não sei como é no Canadá, mas aqui o comércio é por especialidade. No começo foi um sufoco até para comprar linha para costurar! Sem contar comida, porque o tipo de embalagem, os gostos, tudo é diferente... aí tem que ir provando mesmo. E por mais que as pessoas recomendem, é complicado. Porque o gosto da gente é meio diferente mesmo. Mas é uma experiência muito legal, porque você vai começar a ter suas coisas favoritas aí no Canadá, que comparando com o Brasil é mais gostoso. Eu tenho algumas. Outras ficam na saudade mesmo. Mas é uma delícia provar coisas novas. Que legal que você está se adaptando bem com o frio e com o idioma. Inglês é mais difícil se adaptar que espanhol, e mesmo assim no começo foi complicado para mim. É duro quando você quer dizer uma coisa e sai outra, ou simplesmente não sai. Mas tenha paciência. Ninguém nasceu sabendo tudo. E é uma experiência muito rica estar em outro país, então não exija muito. Só o fato de você estar aí, desafiando tudo, já mostra um grande valor em você que será muito apreciado. Você vai ver que quando começar as aulas, as coisas vão dar outro ritmo. E mais legal ainda vai ser quando começar a trabalhar. Mas não queira que o ritmo seja como no Brasil. Felizmente você vai ter um ritmo adequado para poder aproveitar sua vida, trabalho e família. Acho que essa é a idéia. E desfrute muito a cidade agora, conheça todos os lugarzinhos, a história, os detalhes. Essa é uma grande vantagem de “nascer” grande em uma cidade!
Buenos Aires, I´m back! Gente... um finalzinho de semana e já tinha saudade da minha cidade e da minha casa.... hahahaha juro!
Bom, contei o que aconteceu na sexta passada e eu também fiquei horrorizada, ainda mais com a passividade com que as pessoas aceitam esse tipo de violência. Viajamos de noite para Rosário e minha impressão da cidade é ainda um pouco confusa. Primeiro, é um lugar lindo, limpo, tem muito verde, arquitetura linda, bem conservada, é tranquila e segura. O problema é que é pequena e muuuuuito tranquila para o meu gosto. Depois de caminhar pela cidade o sábado todo, já tinha conhecido todos os pontos importantes e quase não tinha movimento de gente.
Eu já conhecia Rosário de outra vez que fui. E a cidade continua igualzinha. Pacata, sem muito agito e ainda por cima as feirinhas de artesanato têm dois ou três artesões e é tudo. Nem presentinho para minha mãe eu acabei comprando, porque não encontrei.
Mas o pior de tudo foi o albergue que ficamos. Quem me conhece sabe que sou do tipo mochileira e que gosto de ficar em albergue. Mas que seja minimamente confortável, pelamor! Esse era uma verdadeira espelunca, só que decidimos ficar para não ter que ficar buscando outro lugar, já que íamos ficar só o fim de semana, e assim não perderíamos o precioso momento de recorrer a cidade tendo que entrar de hotel em hotel perguntando por preço e disponibilidade para uma noite. A sorte é que era barato e estava bem posicionado no centro, fácil acesso a todos lados.
O que valeu a pena mesmo foi ir ao Garcia Bar no sábado de noite onde tocaram duas bandas de rock locais. A primeira não gostei muito. Eram muito jovenzinhos e todas as letras eram deles, ou seja, nem eu, nem os que estavam aí conheciam as músicas. Dica para os músicos novos: sempre façam um cover para ajudar a orientar os fãs e para que eles saibam que tipo de rock, que estilo a banda tem e intercalem canções próprias e consagradas, assim não cansa o ouvido das pessoas. Por melhor que seja uma banda, é difícil gostar logo de cara.
A segunda banda que tocou se chama Stand By e era muito, muito boa. Gravei, Tirei foto e até dei uma de tiete e tirei foto com a guitarrista da banda. Sim, era uma garotinha linda e delicada que toca Deep Purple e Led Zeppeling magnificamente! Encontrei no myspace: http://www.myspace.com/standbyrockband . Vale a pena escutá-los. É uma banda nova e realmente eu gostei muito, inclusive da canção própria que eles cantaram. Os caras são bons no que fazem. Depois posto as fotos e vou subir um vídeo.
Agora, às vezes é engraçado como a gente se transforma num bicho raro de vez em quando. Sem querer eu fui verbalmente bruta com o Bruno. Depois a gente se acertou, mas violência verbal gratuita não é bom. Me arrependo. Acho que estava bipolar... não sei. Já pedi desculpas, mas tive uma over reaction por qualquer coisa. Enfim... e hoje, penso no que disse e vejo que foi uma coisa feia de mim. Escrevo para que todos saibam que como um ser humano, eu faço coisas boas e más, lindas e feias. E isso também é ser demasiado humano. Ufff Nietzche!
Ah!! Robinson, voltando ao tema de adaptação, cara, realmente morar em outro país a gente tem que descobrir tudo... desde os produtos até onde conseguir comprar. Não sei como é no Canadá, mas aqui o comércio é por especialidade. No começo foi um sufoco até para comprar linha para costurar! Sem contar comida, porque o tipo de embalagem, os gostos, tudo é diferente... aí tem que ir provando mesmo. E por mais que as pessoas recomendem, é complicado. Porque o gosto da gente é meio diferente mesmo. Mas é uma experiência muito legal, porque você vai começar a ter suas coisas favoritas aí no Canadá, que comparando com o Brasil é mais gostoso. Eu tenho algumas. Outras ficam na saudade mesmo. Mas é uma delícia provar coisas novas. Que legal que você está se adaptando bem com o frio e com o idioma. Inglês é mais difícil se adaptar que espanhol, e mesmo assim no começo foi complicado para mim. É duro quando você quer dizer uma coisa e sai outra, ou simplesmente não sai. Mas tenha paciência. Ninguém nasceu sabendo tudo. E é uma experiência muito rica estar em outro país, então não exija muito. Só o fato de você estar aí, desafiando tudo, já mostra um grande valor em você que será muito apreciado. Você vai ver que quando começar as aulas, as coisas vão dar outro ritmo. E mais legal ainda vai ser quando começar a trabalhar. Mas não queira que o ritmo seja como no Brasil. Felizmente você vai ter um ritmo adequado para poder aproveitar sua vida, trabalho e família. Acho que essa é a idéia. E desfrute muito a cidade agora, conheça todos os lugarzinhos, a história, os detalhes. Essa é uma grande vantagem de “nascer” grande em uma cidade!
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Fim de semana agitado
Olá gente boa!
Desta vez eu vou postar para responde à pergunta do meu amigo Robinson que está no Canadá. Como começar uma rotina em um país estrangeiro e como se adaptar mais rápido? Bom, para mim, adaptar a um lugar novo é realmente ter uma rotina. Mas como? No meu caso foi fácil, porque eu vim para Buenos Aires para estudar, então eu tinha as aulas da faculdade todas as terças e quintas à noite. Isso já era um início de rotina... e eu comecei a acrescentar coisas para fazer todos os dias. Por exemplo, no início dedicava horas de leitura de jornal (para ver se entendia um pouco a loucura que é esse país), mais outras tantas horas de estudo para ver se aprovava as matérias e outras tantas horas para dormir. Isso foi tudo no início. E esse início durou uns 3 meses até eu conseguir meu primeiro emprego como professora de português numa escolinha longe pra caramba, em Monte Grande, que fica na Grande Buenos Aires. Um segredinho nessa época foi: não medir esforços. Era um frio de lascar (é, aqui faz muuito frio, não tem neve em Buenos Aires, mas quase!) e eu saía super cedo duas vezes na semana para dar as aulinhas.
Depois de uns 2 meses comecei a trabalhar para a SAP. Aí sim foi o máximo das rotinas. Um emprego das 09h às 18h realmente faz a gente ter rotina. E daí em diante foi fácil me acostumar, porque já estava totalmente instalada. A coisa foi fazer uma rotina no próprio trabalho. Na SAP eu tive sorte, porque as pessoas eram mais abertas, viajadas, então aceitavam bem a diferença que é ter um estrangeiro trabalhando. Mas, por exemplo, no emprego onde estou hoje, que já completei um ano, essa adaptação foi muito mais difícil. Aqui eu encontrei os argentinos que povoam a mentalidade brasileira... pessoas mais frias, distantes, e algumas até alteradas, típico de descendência italiana. Mas a gente se acostuma. E foi para aprender a lidar com situações difíceis que eu vim para a Argentina.
Então, a rotina é diferente, claro, porque a gente não tem pai nem mãe para visitar nos momentos livres, não tem tantos amigos como na nossa terra, não tem as mesmas comidas que comia, não tem o conforto que é comprar ou alugar uma casa, com toda a facilidade que se consegue um nativo e muito menos pode escolher tanto, porque as opções são poucas. Só que mesmo assim essa experiência vale a pena. E acho que vale justamente por causa da rotina. Porque você pode escolher o que você quer fazer, no momento em que você quer fazer. Soa um pouco contraditório, mas é verdade. Dentro das poucas opções que existem a gente pode escolher o que fazer, inclusive se fica ou não. Além do mais, com o tempo a gente vai fazendo raiz. É! Conhece pessoas, faz amigos aqui, ali... e aproveita o que o novo lar tem de bom para nos oferecer.
Espero ter respondido sua pergunta.
Agora, um pouco de atualização: hoje viajo para Rosário com a câmara fotográfica que comprei ontem! Gente é linda!!! Comprei uma Nikon P90. Estou encantada com a câmara. Eu e o Bruno na verdade... porque ele já leu manual e tudo. Eu sou dessas que vai apertando o botão para ver no que dá! Hahahaha
Só uma coisa chata aconteceu hoje: como vocês sabem todos os dias eu faço academia de manhã antes do trabalho. E sempre tomo banho e deixo a mochila com a roupa e todo o resto perto da ducha para eu sair e me trocar. Bom, a coisa foi que entrou um homem no banheiro (eu estava sozinha tomando banho) e tentou roubar minha carteira com meus documentos. Mas graças a Deus uma senhora entrou, gritou e o ladrão saiu correndo e jogou minha carteira no chão. Vocês podem acreditar nisso? A academia era um lugar familiar, tranquilo, agora tenho que tomar banho e guardar tudo no armário. Só não posso resolver o problema do homem entrar no banheiro. Reclamei na administração, mas pelo jeito não vai dar em nada. Então terei que me cuidar mais mesmo.
É isso. Vamos ver se da próxima vez posto fotos da viagem!!!
Desta vez eu vou postar para responde à pergunta do meu amigo Robinson que está no Canadá. Como começar uma rotina em um país estrangeiro e como se adaptar mais rápido? Bom, para mim, adaptar a um lugar novo é realmente ter uma rotina. Mas como? No meu caso foi fácil, porque eu vim para Buenos Aires para estudar, então eu tinha as aulas da faculdade todas as terças e quintas à noite. Isso já era um início de rotina... e eu comecei a acrescentar coisas para fazer todos os dias. Por exemplo, no início dedicava horas de leitura de jornal (para ver se entendia um pouco a loucura que é esse país), mais outras tantas horas de estudo para ver se aprovava as matérias e outras tantas horas para dormir. Isso foi tudo no início. E esse início durou uns 3 meses até eu conseguir meu primeiro emprego como professora de português numa escolinha longe pra caramba, em Monte Grande, que fica na Grande Buenos Aires. Um segredinho nessa época foi: não medir esforços. Era um frio de lascar (é, aqui faz muuito frio, não tem neve em Buenos Aires, mas quase!) e eu saía super cedo duas vezes na semana para dar as aulinhas.
Depois de uns 2 meses comecei a trabalhar para a SAP. Aí sim foi o máximo das rotinas. Um emprego das 09h às 18h realmente faz a gente ter rotina. E daí em diante foi fácil me acostumar, porque já estava totalmente instalada. A coisa foi fazer uma rotina no próprio trabalho. Na SAP eu tive sorte, porque as pessoas eram mais abertas, viajadas, então aceitavam bem a diferença que é ter um estrangeiro trabalhando. Mas, por exemplo, no emprego onde estou hoje, que já completei um ano, essa adaptação foi muito mais difícil. Aqui eu encontrei os argentinos que povoam a mentalidade brasileira... pessoas mais frias, distantes, e algumas até alteradas, típico de descendência italiana. Mas a gente se acostuma. E foi para aprender a lidar com situações difíceis que eu vim para a Argentina.
Então, a rotina é diferente, claro, porque a gente não tem pai nem mãe para visitar nos momentos livres, não tem tantos amigos como na nossa terra, não tem as mesmas comidas que comia, não tem o conforto que é comprar ou alugar uma casa, com toda a facilidade que se consegue um nativo e muito menos pode escolher tanto, porque as opções são poucas. Só que mesmo assim essa experiência vale a pena. E acho que vale justamente por causa da rotina. Porque você pode escolher o que você quer fazer, no momento em que você quer fazer. Soa um pouco contraditório, mas é verdade. Dentro das poucas opções que existem a gente pode escolher o que fazer, inclusive se fica ou não. Além do mais, com o tempo a gente vai fazendo raiz. É! Conhece pessoas, faz amigos aqui, ali... e aproveita o que o novo lar tem de bom para nos oferecer.
Espero ter respondido sua pergunta.
Agora, um pouco de atualização: hoje viajo para Rosário com a câmara fotográfica que comprei ontem! Gente é linda!!! Comprei uma Nikon P90. Estou encantada com a câmara. Eu e o Bruno na verdade... porque ele já leu manual e tudo. Eu sou dessas que vai apertando o botão para ver no que dá! Hahahaha
Só uma coisa chata aconteceu hoje: como vocês sabem todos os dias eu faço academia de manhã antes do trabalho. E sempre tomo banho e deixo a mochila com a roupa e todo o resto perto da ducha para eu sair e me trocar. Bom, a coisa foi que entrou um homem no banheiro (eu estava sozinha tomando banho) e tentou roubar minha carteira com meus documentos. Mas graças a Deus uma senhora entrou, gritou e o ladrão saiu correndo e jogou minha carteira no chão. Vocês podem acreditar nisso? A academia era um lugar familiar, tranquilo, agora tenho que tomar banho e guardar tudo no armário. Só não posso resolver o problema do homem entrar no banheiro. Reclamei na administração, mas pelo jeito não vai dar em nada. Então terei que me cuidar mais mesmo.
É isso. Vamos ver se da próxima vez posto fotos da viagem!!!
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Semana intensa
Lembram quando eu disse que iria fazer o bolo de maçã? Então, não ficou bolo... ficou meio recheio de torta... conclusão: é o segundo bolo que eu tento fazer que não dá certo! Gente, a cozinha realmente me odeia!!!
Nesses dias estou na odisséia de comprar uma câmara fotográfica. É... provavelmente eu seja a única pessoa nesse mundo que não tem câmara fotográfica nem celular com câmara. E já que passei tantos anos sem uma - porque a última que tive deixei cair com a lente aberta e foi dado PT – então resolvi comprar uma boa câmara, para tirar boas fotos. Ok, não sou fotógrafa, estou longe disso, mas eu gosto de tirar fotos (soa engraçado, já que não tenho câmara).
A coisa é que passei vários dias consultando preços, lugares, modelos, comentários, blogs, enfim, tudo o que se relaciona com fotos. Foi cansativo, mas pelo menos defini o modelo que eu gostei mais: uma Nikon P90. Talvez não seja o modelo mais moderno, nem o mais potente, nem o mais luxuoso, mas está mais acessível a esse meu bolso proletário latino-americano (para não dizer num pais com o dólar tão desvalorizado).
E, além de tudo isso, depois de buscar tanto, vou acabar comprando pelo mercado livre mesmo, porque foi onde encontrei o preço que posso pagar.
Além disso, esta é a minha segunda semana de acrobacia e eu vou fazer as duas aulas como prometido! Estou emocionada! Continuo indo à academia de manhã todos os dias... faço coisas leves, como andar na esteira, bicicleta, o foco está na resistência cardio-respiratória. Assim complemento as aulas de acrobacia e pelo menos vou melhorando meu desempenho. E por falar nas aulas de acrobacia, na segunda-feira conheci uma companheira de aula que iniciou comigo e que é minha vizinha!!! Fiquei emocionada, porque assim consegui voltar de ônibus para minha casa. (Explico, a escola é perto de casa, mas não o suficiente para ir a pé, e aqui em Buenos Aires o sistema de ônibus coletivo é por números e é super difícil saber qual vai para um lado ou para outro. Morando aqui há quase 2 anos, ainda não sei bem andar em ônibus, só os tradicionais, para ir ao trabalho, faculdade, casa de alguma amiga...)
É isso... mas também tenho uma notícia nada boa: engordei. É. O duro é que não sei quanto, porque me pesei na segunda e estava mais pesada do que no ano passado... acho que eu deveria ter me pesado quando comecei a fazer acrobacia. É um pouco neurótico isso de perder peso, porque no fundo no fundo tem que controlar muitas variáveis, como calorias, nutrientes, exercícios, o próprio peso e o aumento da massa muscular. Eu ainda não conto calorias, por enquanto estou priorizando os nutrientes e os exercícios físicos, para ficar alimentada e continuar saudável. Mas é triste saber que não comi nenhum chocolatinho nesses dias e não ver o ponteiro da balança descer. (hahaha ponteiro da balança porque aqui ainda tem várias balanças dessas redondas que quando uma pessoa sobe, gira o ponteiro até estabilizar num lugar). Será que as balanças podem estar desregulada e por isso parecer que eu não perdi nenhum graminho? É possível.
Nesses dias estou na odisséia de comprar uma câmara fotográfica. É... provavelmente eu seja a única pessoa nesse mundo que não tem câmara fotográfica nem celular com câmara. E já que passei tantos anos sem uma - porque a última que tive deixei cair com a lente aberta e foi dado PT – então resolvi comprar uma boa câmara, para tirar boas fotos. Ok, não sou fotógrafa, estou longe disso, mas eu gosto de tirar fotos (soa engraçado, já que não tenho câmara).
A coisa é que passei vários dias consultando preços, lugares, modelos, comentários, blogs, enfim, tudo o que se relaciona com fotos. Foi cansativo, mas pelo menos defini o modelo que eu gostei mais: uma Nikon P90. Talvez não seja o modelo mais moderno, nem o mais potente, nem o mais luxuoso, mas está mais acessível a esse meu bolso proletário latino-americano (para não dizer num pais com o dólar tão desvalorizado).
E, além de tudo isso, depois de buscar tanto, vou acabar comprando pelo mercado livre mesmo, porque foi onde encontrei o preço que posso pagar.
Além disso, esta é a minha segunda semana de acrobacia e eu vou fazer as duas aulas como prometido! Estou emocionada! Continuo indo à academia de manhã todos os dias... faço coisas leves, como andar na esteira, bicicleta, o foco está na resistência cardio-respiratória. Assim complemento as aulas de acrobacia e pelo menos vou melhorando meu desempenho. E por falar nas aulas de acrobacia, na segunda-feira conheci uma companheira de aula que iniciou comigo e que é minha vizinha!!! Fiquei emocionada, porque assim consegui voltar de ônibus para minha casa. (Explico, a escola é perto de casa, mas não o suficiente para ir a pé, e aqui em Buenos Aires o sistema de ônibus coletivo é por números e é super difícil saber qual vai para um lado ou para outro. Morando aqui há quase 2 anos, ainda não sei bem andar em ônibus, só os tradicionais, para ir ao trabalho, faculdade, casa de alguma amiga...)
É isso... mas também tenho uma notícia nada boa: engordei. É. O duro é que não sei quanto, porque me pesei na segunda e estava mais pesada do que no ano passado... acho que eu deveria ter me pesado quando comecei a fazer acrobacia. É um pouco neurótico isso de perder peso, porque no fundo no fundo tem que controlar muitas variáveis, como calorias, nutrientes, exercícios, o próprio peso e o aumento da massa muscular. Eu ainda não conto calorias, por enquanto estou priorizando os nutrientes e os exercícios físicos, para ficar alimentada e continuar saudável. Mas é triste saber que não comi nenhum chocolatinho nesses dias e não ver o ponteiro da balança descer. (hahaha ponteiro da balança porque aqui ainda tem várias balanças dessas redondas que quando uma pessoa sobe, gira o ponteiro até estabilizar num lugar). Será que as balanças podem estar desregulada e por isso parecer que eu não perdi nenhum graminho? É possível.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Família
Buenas!
Bom, para manter o ritmo desta semana, preciso atualizar este blog com todos os acontecimentos magníficos que ocorreram, como uma forma de perpetuar, e quem sabe trazer bons agouros. Já disse que comecei a fazer acrobacia e a academia, fiquei doloridíssima no início da semana, quase não conseguia me mexer, mas agora estou 100% e com a ajuda da dieta super natural que estou fazendo há alguns meses, parece (não tenho certeza!) que perdi algumas gramas. Se não perdi gramas de peso, pelo menos devo ter perdido algumas gramas de gordura, porque isso sim eu consigo perceber.
Além disso, que para mim já é um acontecimento histórico, minha irmã passou na USP, UNICAMP, UFMG e na FGV. Sim, ela é um gênio. Mas não é o cérebro loiro dela que eu admiro: é a soma da sua inteligência aliada a uma dedicação que eu vi em poucas pessoas nessa vida. Poucas mesmo, acho que posso contar nos dedos da mão esqueda. Ela deu todo o sangue para conseguir seu objetivo. Então ela merece estar no Chile, desfrutando das merecidas férias com o seu amor. Ela merece muitos beijos e abraços, muito carinho, muito axé (hahaha ela entenderia isso). Eu a admiro muito. Assim como admiro pouquíssimas pessoas no mundo.
Já que comecei a falar da minha irmã, então acho que seria legal registrar também de toda minha família. Eu tenho os melhores pais do mundo. Sim, e se alguém quiser competir com eles, certamente perderia. Eles também são a prova viva que determinação e coragem são essenciais para conseguir qualquer coisa nesta vida. Caso contrário, eles poderiam ter se contentado com a infância pobre que tiveram e nunca ter tentado nada novo, nem arriscado, nem audaz. Mas não, eles fizeram de tudo. Tiveram filhos logo cedo, cuidaram de todos com amor, dedicação, responsabilidade, mesmo sendo sumamente jovens, sem experiência e com pouco apoio. Mas o senso de futuro os guiou em todo o tempo. Não preciso dizer mais nada. Hoje, mesmo jovens, já têm os filhos encaminhados, têm a tranquilidade e a estabilidade que poucas pessoas na família têm. Porque é assim, quem se esforça e luta para vencer, inevitavelmente acaba vencendo.
Faltou falar do meu irmão. Bom... ele tem o mesmo estilo: esforço combinado com inteligência. Ele é engenheiro formado, rico, inteligente, loiro e casado com a Fran, é outra pessoa especial. Ela é advogada, linda, inteligente, simpática e muito, muito agradável. Gosta de conversar, como eu e sempre que estamos juntas temos muito para falar.
E, para completar, eu também já tenho família em Buenos Aires. Sim, o Bruno é a minha família. Ele é o cara mais talentoso e maluco que eu já conheci na minha vida, acho que é isso que eu gosto nele, mas ele também é lindo e inteligente. Acho que ele foi a pessoa que mais me entendeu nesta vida e não tinha nenhuma obrigação para faze-lo, por isso eu devo a ele muitas conquistas também, inclusive de me sentir madura, porque ele me entende e me completa na medida certa. Só que isso exige também algumas brigas. Mas isso é outro tema, quem sabe para outro post.
Ah! Para finalizar: vou tentar fazer um bolo de maçã neste fim de semana. Vamos ver no que vai dar. Como vocês sabem, eu só entro na cozinha para comer, mas desta vez quero tentar fazer algo. Depois eu conto.
Bom, para manter o ritmo desta semana, preciso atualizar este blog com todos os acontecimentos magníficos que ocorreram, como uma forma de perpetuar, e quem sabe trazer bons agouros. Já disse que comecei a fazer acrobacia e a academia, fiquei doloridíssima no início da semana, quase não conseguia me mexer, mas agora estou 100% e com a ajuda da dieta super natural que estou fazendo há alguns meses, parece (não tenho certeza!) que perdi algumas gramas. Se não perdi gramas de peso, pelo menos devo ter perdido algumas gramas de gordura, porque isso sim eu consigo perceber.
Além disso, que para mim já é um acontecimento histórico, minha irmã passou na USP, UNICAMP, UFMG e na FGV. Sim, ela é um gênio. Mas não é o cérebro loiro dela que eu admiro: é a soma da sua inteligência aliada a uma dedicação que eu vi em poucas pessoas nessa vida. Poucas mesmo, acho que posso contar nos dedos da mão esqueda. Ela deu todo o sangue para conseguir seu objetivo. Então ela merece estar no Chile, desfrutando das merecidas férias com o seu amor. Ela merece muitos beijos e abraços, muito carinho, muito axé (hahaha ela entenderia isso). Eu a admiro muito. Assim como admiro pouquíssimas pessoas no mundo.
Já que comecei a falar da minha irmã, então acho que seria legal registrar também de toda minha família. Eu tenho os melhores pais do mundo. Sim, e se alguém quiser competir com eles, certamente perderia. Eles também são a prova viva que determinação e coragem são essenciais para conseguir qualquer coisa nesta vida. Caso contrário, eles poderiam ter se contentado com a infância pobre que tiveram e nunca ter tentado nada novo, nem arriscado, nem audaz. Mas não, eles fizeram de tudo. Tiveram filhos logo cedo, cuidaram de todos com amor, dedicação, responsabilidade, mesmo sendo sumamente jovens, sem experiência e com pouco apoio. Mas o senso de futuro os guiou em todo o tempo. Não preciso dizer mais nada. Hoje, mesmo jovens, já têm os filhos encaminhados, têm a tranquilidade e a estabilidade que poucas pessoas na família têm. Porque é assim, quem se esforça e luta para vencer, inevitavelmente acaba vencendo.
Faltou falar do meu irmão. Bom... ele tem o mesmo estilo: esforço combinado com inteligência. Ele é engenheiro formado, rico, inteligente, loiro e casado com a Fran, é outra pessoa especial. Ela é advogada, linda, inteligente, simpática e muito, muito agradável. Gosta de conversar, como eu e sempre que estamos juntas temos muito para falar.
E, para completar, eu também já tenho família em Buenos Aires. Sim, o Bruno é a minha família. Ele é o cara mais talentoso e maluco que eu já conheci na minha vida, acho que é isso que eu gosto nele, mas ele também é lindo e inteligente. Acho que ele foi a pessoa que mais me entendeu nesta vida e não tinha nenhuma obrigação para faze-lo, por isso eu devo a ele muitas conquistas também, inclusive de me sentir madura, porque ele me entende e me completa na medida certa. Só que isso exige também algumas brigas. Mas isso é outro tema, quem sabe para outro post.
Ah! Para finalizar: vou tentar fazer um bolo de maçã neste fim de semana. Vamos ver no que vai dar. Como vocês sabem, eu só entro na cozinha para comer, mas desta vez quero tentar fazer algo. Depois eu conto.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Atingindo metas
Gente, gente, gente! Coisas inacreditáveis na minha vida acontecem. Finalmente as aulas de acrobacia começaram!!! Sim, comecei ontem, no dia mais quente do ano em Buenos Aires, com sensação térmica que chegava a quase 40°C! Nem eu acreditei! Não só porque não gosto muito do calor, como também comecei uma atividade física pra valer! Ah, claro, já estou toda dolorida.
O mais engraçado foi quando terminou a aula e o Bruno me perguntou se eu queria comer Paty, que é um hambúrguer congelado que vende no mercado. A princípio eu disse: não, vou comer umas frutinhas que tinha na geladeira. Só que cheguei em casa, e o cheirinho das Patys me fez mudar de idéia. É, pequei contra minha própria determinação de emagrecer. Só que por outro lado, fiz todo o dever de casa: duas horas de exercícios mais trinta minutos de academia hoje de manhã. Claro gente, eu tinha que voltar a fazer academia de manhã, para poder perder gordura rápido.
Então, a coisa é que neste momento só consigo mover os olhos sem ter dor. Hahaha mas foi muito divertido. Gostei também das pessoas que fazem acrobacia. Gente bacana... nem se importaram que eu sou uma banana, caí, bati a cabeça, não conseguia fazer estrela... cara, uma vergonha! Mas pelo menos eu tentei de tudo e não vomitei como o carinha que também começou ontem e não agüentou fazer as cambalhotas (no calor que fazia!).
No mais está tudo tranqüilo. Algumas desavenças pessoais que estou acertando com o Bruno e fizemos até um contrato por escrito das coisas que nos incomodam, porque a gente se ama muito, mas as vezes não se entende. Espero que sirva. Pelo menos seguimos as regras que combinamos no primeiro dia.
Agora, das minhas metas pessoais falta fazer o curso de francês e mudar de trabalho. Tenho muitos objetivos concretos para 2010.
O mais engraçado foi quando terminou a aula e o Bruno me perguntou se eu queria comer Paty, que é um hambúrguer congelado que vende no mercado. A princípio eu disse: não, vou comer umas frutinhas que tinha na geladeira. Só que cheguei em casa, e o cheirinho das Patys me fez mudar de idéia. É, pequei contra minha própria determinação de emagrecer. Só que por outro lado, fiz todo o dever de casa: duas horas de exercícios mais trinta minutos de academia hoje de manhã. Claro gente, eu tinha que voltar a fazer academia de manhã, para poder perder gordura rápido.
Então, a coisa é que neste momento só consigo mover os olhos sem ter dor. Hahaha mas foi muito divertido. Gostei também das pessoas que fazem acrobacia. Gente bacana... nem se importaram que eu sou uma banana, caí, bati a cabeça, não conseguia fazer estrela... cara, uma vergonha! Mas pelo menos eu tentei de tudo e não vomitei como o carinha que também começou ontem e não agüentou fazer as cambalhotas (no calor que fazia!).
No mais está tudo tranqüilo. Algumas desavenças pessoais que estou acertando com o Bruno e fizemos até um contrato por escrito das coisas que nos incomodam, porque a gente se ama muito, mas as vezes não se entende. Espero que sirva. Pelo menos seguimos as regras que combinamos no primeiro dia.
Agora, das minhas metas pessoais falta fazer o curso de francês e mudar de trabalho. Tenho muitos objetivos concretos para 2010.
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