segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Carnaval de segunda

Bom dia!

Buenos Aires, I´m back! Gente... um finalzinho de semana e já tinha saudade da minha cidade e da minha casa.... hahahaha juro!

Bom, contei o que aconteceu na sexta passada e eu também fiquei horrorizada, ainda mais com a passividade com que as pessoas aceitam esse tipo de violência. Viajamos de noite para Rosário e minha impressão da cidade é ainda um pouco confusa. Primeiro, é um lugar lindo, limpo, tem muito verde, arquitetura linda, bem conservada, é tranquila e segura. O problema é que é pequena e muuuuuito tranquila para o meu gosto. Depois de caminhar pela cidade o sábado todo, já tinha conhecido todos os pontos importantes e quase não tinha movimento de gente.

Eu já conhecia Rosário de outra vez que fui. E a cidade continua igualzinha. Pacata, sem muito agito e ainda por cima as feirinhas de artesanato têm dois ou três artesões e é tudo. Nem presentinho para minha mãe eu acabei comprando, porque não encontrei.
Mas o pior de tudo foi o albergue que ficamos. Quem me conhece sabe que sou do tipo mochileira e que gosto de ficar em albergue. Mas que seja minimamente confortável, pelamor! Esse era uma verdadeira espelunca, só que decidimos ficar para não ter que ficar buscando outro lugar, já que íamos ficar só o fim de semana, e assim não perderíamos o precioso momento de recorrer a cidade tendo que entrar de hotel em hotel perguntando por preço e disponibilidade para uma noite. A sorte é que era barato e estava bem posicionado no centro, fácil acesso a todos lados.

O que valeu a pena mesmo foi ir ao Garcia Bar no sábado de noite onde tocaram duas bandas de rock locais. A primeira não gostei muito. Eram muito jovenzinhos e todas as letras eram deles, ou seja, nem eu, nem os que estavam aí conheciam as músicas. Dica para os músicos novos: sempre façam um cover para ajudar a orientar os fãs e para que eles saibam que tipo de rock, que estilo a banda tem e intercalem canções próprias e consagradas, assim não cansa o ouvido das pessoas. Por melhor que seja uma banda, é difícil gostar logo de cara.

A segunda banda que tocou se chama Stand By e era muito, muito boa. Gravei, Tirei foto e até dei uma de tiete e tirei foto com a guitarrista da banda. Sim, era uma garotinha linda e delicada que toca Deep Purple e Led Zeppeling magnificamente! Encontrei no myspace: http://www.myspace.com/standbyrockband . Vale a pena escutá-los. É uma banda nova e realmente eu gostei muito, inclusive da canção própria que eles cantaram. Os caras são bons no que fazem. Depois posto as fotos e vou subir um vídeo.

Agora, às vezes é engraçado como a gente se transforma num bicho raro de vez em quando. Sem querer eu fui verbalmente bruta com o Bruno. Depois a gente se acertou, mas violência verbal gratuita não é bom. Me arrependo. Acho que estava bipolar... não sei. Já pedi desculpas, mas tive uma over reaction por qualquer coisa. Enfim... e hoje, penso no que disse e vejo que foi uma coisa feia de mim. Escrevo para que todos saibam que como um ser humano, eu faço coisas boas e más, lindas e feias. E isso também é ser demasiado humano. Ufff Nietzche!

Ah!! Robinson, voltando ao tema de adaptação, cara, realmente morar em outro país a gente tem que descobrir tudo... desde os produtos até onde conseguir comprar. Não sei como é no Canadá, mas aqui o comércio é por especialidade. No começo foi um sufoco até para comprar linha para costurar! Sem contar comida, porque o tipo de embalagem, os gostos, tudo é diferente... aí tem que ir provando mesmo. E por mais que as pessoas recomendem, é complicado. Porque o gosto da gente é meio diferente mesmo. Mas é uma experiência muito legal, porque você vai começar a ter suas coisas favoritas aí no Canadá, que comparando com o Brasil é mais gostoso. Eu tenho algumas. Outras ficam na saudade mesmo. Mas é uma delícia provar coisas novas. Que legal que você está se adaptando bem com o frio e com o idioma. Inglês é mais difícil se adaptar que espanhol, e mesmo assim no começo foi complicado para mim. É duro quando você quer dizer uma coisa e sai outra, ou simplesmente não sai. Mas tenha paciência. Ninguém nasceu sabendo tudo. E é uma experiência muito rica estar em outro país, então não exija muito. Só o fato de você estar aí, desafiando tudo, já mostra um grande valor em você que será muito apreciado. Você vai ver que quando começar as aulas, as coisas vão dar outro ritmo. E mais legal ainda vai ser quando começar a trabalhar. Mas não queira que o ritmo seja como no Brasil. Felizmente você vai ter um ritmo adequado para poder aproveitar sua vida, trabalho e família. Acho que essa é a idéia. E desfrute muito a cidade agora, conheça todos os lugarzinhos, a história, os detalhes. Essa é uma grande vantagem de “nascer” grande em uma cidade!

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